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Sedentarismo na infância leva a danos prematuros no coração

Colocar crianças e adolescentes para se movimentar mais contribui para evitar doenças cardiovasculares no futuro

Por Lucas Rocha
4 jul 2024, 09h01
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  • Goste-se ou não da ideia, fato é que o que se fez ou se deixou de fazer na vida pode ter consequências para o coração lá na frente. E as repercussões de longo prazo vêm inclusive da infância — ou melhor, de quanto nos mexemos ou não nessa fase.

    É o que atesta um novo estudo finlandês ao concluir que o comportamento sedentário e a inatividade física na mais tenra idade já sobrecarregam o músculo cardíaco ainda na adolescência.

    A investigação foi realizada em colaboração entre as Universidades de Bristol e Exeter e a Universidade da Finlândia Oriental, e os resultados foram publicados no European Journal of Preventive Cardiology.

    + Leia também: Uma em cada cinco crianças está acima do peso no mundo

    A ausência de movimento, segundo a pesquisa com mais de 1,6 mil jovens acompanhados dos 11 aos 24 anos, eleva o risco de uma condição chamada hipertrofia ventricular esquerda, marcada pelo aumento progressivo da massa e do tamanho do coração.

    Em adultos, ela eleva o risco de ataques cardíacos e morte prematura.

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    Clique para ampliar (Quadro: Editoria de Arte/Veja Saúde)
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    Por outro lado, colocar o corpo em ação funciona como um antídoto contra o perigo, ampliando a defesa do peito.

    “Sabemos que condições associadas ao sedentarismo e a dietas ricas em gordura e sal, como obesidade e hipertensão, são fatores de risco adicionais para o desenvolvimento precoce de doenças cardiovasculares”, contextualiza a médica Vanessa Guimarães, coordenadora da cardiologia pediátrica do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

    Crianças, corram!

    + Leia também: Musculação para espantar a depressão

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    Melhora do condicionamento físico reduz risco de morte (Ilustração: Editoria de Arte/Veja Saúde)
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    O poder do cardiofitness

    O aprimoramento da capacidade cardiovascular pode diminuir o risco de morte por qualquer causa em até 17%. Quando falamos de doença cardíaca, o índice chega a 18%.

    Os dados são de uma análise da Universidade da Austrália Meridional publicada no British Journal of Sports Medicine.

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    Para chegarem aos resultados, os pesquisadores realizaram 26 revisões sistemáticas, representando mais de 20 milhões de pacientes observados em 199 estudos.

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    A melhora na aptidão cardiorrespiratória é resultado de diversas modalidades, como corrida, ciclismo e natação. Ou seja, é possível escolher em um cardápio de opções o tipo de exercício que mais proporciona prazer, unindo o útil ao agradável. Só não vale ficar parado!

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