Fique tranquilo: essa atividade pra lá de tradicional segue como aliada do bem-estar físico e psicológico, inclusive entre detentores de um esqueleto poroso. “Ela melhora o equilíbrio, a flexibilidade e a força. Isso minimiza o risco de quedas, que costumam terminar em fraturas na população com osteoporose“, ressalta a fisiatra Mehrsheed Sinaki, da Clínica Mayo, nos Estados Unidos.
A questão, segundo uma pesquisa coordenada pela especialista, é que determinadas posturas da ioga deveriam ser evitadas para afastar dores e até ossos quebrados. No trabalho, 89 indivíduos com osteoporose ou osteopenia (estágio anterior da doença) que chegaram ao hospital reclamando de incômodos após uma sessão de ioga foram interrogados pelos profissionais.
Uns apresentavam degenerações dos discos intervertebrais; outros, fraturas na coluna por compressão… E muitos haviam realizado alguma postura que dobrava demais a espinha dorsal ou que botava pressão em excesso nessa estrutura.
“Se adaptarmos a aula para os pacientes, vamos maximizar os benefícios e minimizar os riscos”, analisa Mehrsheed. As palavras-chave são: individualização e acompanhamento.
Alerta para os hipertensos
Esse pessoal também precisa ficar atento com a ioga — mais especificamente com as posições que envolvem virar de ponta-cabeça. Isso porque elas catapultam a pressão por uns instantes. E, em um sujeito com hipertensão, esse processo pode deflagrar complicações como um acidente vascular cerebral (AVC).
Por outro lado, quando bem orientada, a prática ajuda a conter o avanço da doença. Não é, de novo, uma contraindicação, mas, sim, um ponto para ficar de olho.