Quem nunca ouviu que ser um atleta de fim de semana faz mais mal do que bem? Pois especialistas da Universidade Loughborough, no Reino Unido, desbancaram esse mito ao investigar a relação entre a quantidade e frequência de exercícios na semana e o risco de morte.
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Foram analisados dados de mais de 60 mil participantes por 14 anos. Parte dessa turma era sedentária ou malhava menos do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) — 150 minutos por semana de exercício moderado ou 75 minutos em ritmo intenso.
Já a outra parcela cumpria a tal meta, mas enquanto alguns dividiam essa quantidade de atividade física em três ou mais sessões, outros a concentravam em no máximo dois treinos.
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Ao comparar os completamente inativos com os que suavam a camisa pelo tempo suficiente, mas poucas vezes na semana, perceberam que essa última turma tinha uma probabilidade 40% menor de falecer por problemas cardiovasculares. E o risco de morrer em decorrência de câncer foi 18% menor.
Verdade que, entre os adultos que cumpriam a diretriz da OMS em mais sessões, o risco de morrer por qualquer causa caía 35%, enquanto nos atletas de fim de semana essa taxa era de 30%. Mas o fato é que se exercitar uma ou duas vezes por semana é muito melhor do que seguir no sofá.
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Portanto, se a vida está corrida, aproveite, sem culpa, o fim de semana para mexer o corpo. Dá para investir em opções ativas de lazer, como andar de bicicleta no parque ou caminhar pela cidade quando seu ritmo desacelera.
Que fique claro: ninguém está falando para exagerar na dose durante o sábado e o domingo. Como em qualquer outro dia, vale a pena respeitar seus limites para não acabar sobrecarregando o organismo.