“Muita gente ainda associa o diagnóstico de câncer à necessidade de repouso absoluto”, lamenta a bióloga Sally Romero, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, nos Estados Unidos. Tanto que, em um estudo dessa cientista com 662 pacientes, descobriu-se que 75% abreviaram o tempo dedicado à malhação, 71% perderam a motivação para treinar e 65% não mantinham uma rotina fitness. Para piorar, 68% reportaram dores.
Embora isso seja normal até certo ponto, suar a camisa em meio ao tratamento ajuda a amenizar sintomas como a fadiga. Aliás, curiosamente, 78% dos entrevistados da pesquisa apontaram o cansaço como um dos motivos para flertar com o sedentarismo. “Temos o desafio de mudar o pensamento das vítimas de tumores com relação às atividades físicas“, destaca Sally. Com orientação e alguns ajustes, os exercícios podem inclusive aumentar as chances de a terapia obter resultados satisfatórios.