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O que é diabetes gestacional: sintomas, diagnóstico e tratamento

Os riscos do diabetes gestacional não são poucos, mas podem ser controlados com certos cuidados. Aprenda a detectá-lo no Dia da Mulher

Por Goretti Tenorio e Chloé Pinheiro
Atualizado em 29 Maio 2023, 12h46 - Publicado em 7 mar 2018, 12h28
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O diabetes gestacional precisa ser bem controlado para não afetar o bebê e a mãe. (Ilustração: Anna Cunha/SAÚDE é Vital)
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Caracterizado pelo aumento dos níveis de glicose no sangue durante a gravidez, o diabetes gestacional pode trazer complicações à saúde da mulher e do bebê. Entre seus desdobramentos, estão prejuízos aos rins e hipertensão. Aproveite a proximidade do Dia Internacional da Mulher para conhecê-lo.

A gestante sofre várias alterações hormonais ao longo dos nove meses de desenvolvimento do feto. O corpo passa a produzir uma maior quantidade de insulina, responsável por transportar a glicose dos alimentos até as células. Isso acontece com intensidade no último trimestre da gravidez, quando a mulher precisa ingerir uma quantidade maior de carboidrato para que a criança se desenvolva bem.

Acontece que outros hormônios liberados pela placenta atrapalham esse processo e obrigam o pâncreas, glândula que produz a insulina, a trabalhar dobrado para manter os níveis da substância em ordem. Muitas vezes, o esforço não é suficiente e sobra açúcar demais na corrente sanguínea: é o diabetes gestacional.

A doença coloca em risco a saúde do bebê, que passa a receber muita glicose por meio da placenta. O pâncreas do feto acaba sobrecarregado: mesmo trabalhando a todo vapor, não há hormônio suficiente para transformar glicose em energia nas suas células. As sobras de açúcar viram gordura, e a criança ganha peso além da conta.

No parto, quando os médicos cortam o cordão umbilical, o fornecimento de açúcar da mãe para o bebê é interrompido. Como o seu pâncreas produziu muita insulina, há o risco de hipoglicemia, uma queda brusca na quantidade de glicose na circulação.

O excesso de hormônio ainda atrapalha a absorção de cálcio, potássio e magnésio. O diabetes gestacional também aumenta o risco de parto prematuro e icterícia.

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Sinais e sintomas

  • Sede constante

  • Vontade frequente de urinar

  • Cansaço

Fatores de risco

  • Gestação em idade mais avançada

  • Ganho de peso excessivo na gravidez

  • Pressão alta

  • Triglicérides alto

  • Colesterol alto

  • Sobrepeso ou obesidade

  • Síndrome dos ovários policísticos

  • Histórico familiar de diabetes

  • Gravidez de gêmeos

  • Diabetes em gestações anteriores

A prevenção

Como o ganho de peso excessivo é um dos responsáveis pelo distúrbio, adotar uma dieta equilibrada e fazer exercício físico são estratégias recomendadas para manter os níveis da glicose sob controle. Isso, aliás, também vale para evitar o diabetes tipo 2.

O diagnóstico

O obstetra, médico que acompanha a gravidez, levanta o histórico familiar e se informa sobre a rotina e o peso da mulher. Testes realizados no pré-natal também checam as taxas de colesterol, triglicérides e glicemia de jejum.

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Qualquer alteração nos resultados das avaliações acende o sinal de alerta para o diabetes gestacional. Exames de ultrassom também são importantes: sinais como feto maior que o esperado e alteração do volume do líquido amniótico são indicativos de problemas.

Por volta da 24ª semana de gravidez, o médico costuma solicitar o teste oral de tolerância à glicose, também conhecido como curva glicêmica. Nele, a gestante bebe uma solução açucarada e são colhidas amostras de seu sangue a cada hora.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar mais rigor na interpretação desse exame. Antes, o diabetes era diagnosticado se o resultado fosse igual ou maior a 95 miligramas por decilitro (mg/dl). Agora, a grávida já está oficialmente com o distúrbio se o nível for igual ou superior a 92 mg/dl.

O tratamento

O diabetes gestacional exige um acompanhamento específico, com avaliações regulares da curva glicêmica. Para manter as taxas de açúcar em ordem, o médico recomenda atenção extra à dieta.

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As refeições devem ser fracionadas ao longo do dia e as pacientes precisam maneirar na gordura. Frutas, verduras, legumes e alimentos integrais devem ser presença constante no cardápio delas. Se não existir contraindicação do obstetra, exercícios físicos moderados são aliados para domar a encrenca.

Caso os níveis de glicose continuem subindo — mesmo diante de tantos cuidados — o médico pode indicar injeções de insulina para equilibrar a produção de hormônios e aliviar o pâncreas. De forma geral, o problema acaba logo após o parto.

Porém, essa encrenca aumenta o risco de mulheres desenvolverem o diabetes tipo 2 com o tempo. Se você apresentou altas taxas de glicemia na gestação, fique atenta!

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