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Ivermectina não cura dengue nem ameniza sintomas da doença

Esse medicamento antiparasitário voltou a circular como cura milagrosa, mas dessa vez contra a dengue. Conheça o cenário dessa história

Por Maurício Brum
21 fev 2024, 08h44
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A ivermectina é um medicamento contra parasitas, que não funciona para combater o vírus da dengue transmitido pelo mosquito Aedes aegypti (jcomp/Freepik)
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Citada durante a pandemia de Covid-19 como uma espécie de cura mágica para a doença, a ivermectina voltou a ser estrela de fake news em meio ao recente aumento de casos de dengue registrados no país. Mas, assim como não era capaz de matar o coronavírus, esse medicamento antiparasitário também não é útil no enfrentamento à doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

A ivermectina não tem eficácia comprovada para a redução da carga viral de nenhum dos quatro sorotipos do DENV, como também é chamado o vírus da dengue. O Ministério da Saúde não recomenda o uso de ivermectina no tratamento para a doença, nem preconiza qualquer tipo de protocolo envolvendo esse remédio em casos de dengue.

Além de não ajudar no tratamento da dengue, a ivermectina não tem capacidade de prevenir a doença. A vacina, disponibilizada em regiões endêmicas do Brasil, é o único método preventivo para reduzir os riscos de complicações em caso de contágio – verifique se a sua cidade já oferece a imunização contra a dengue.

Além disso, é recomendado usar repelentes e acabar com focos de água parada, que ajudam a disseminar o mosquito.

+Leia também: Ivermectina: o que é, para que serve e como funciona esse medicamento

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Para que serve a ivermectina (de verdade)

A ivermectina é um remédio indicado para o tratamento de doenças causadas por vermes e parasitas, seres vivos que se instalam no corpo de uma pessoa. Entre os problemas que podem ser combatidos com esse medicamento estão verminoses como a lombriga, infecções por sarna e crises de piolhos.

No entanto, não há comprovação de eficácia da ivermectina como um medicamento eficaz diante de doenças virais como a Covid-19 ou a dengue. É importante notar que os vírus não são considerados tecnicamente um ser vivo, atacando o corpo humano de maneira distinta aos parasitas combatidos por esse remédio.

A ivermectina já foi testada para enfrentar diferentes tipos de vírus após resultados promissores em estudos em laboratório, o que fez seu nome se tornar popular como uma suposta cura mágica. Só que nenhum desses benefícios foi confirmado em situações reais, com a dosagem do remédio tolerada pelo corpo humano.

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O uso indiscriminado de ivermectina também pode trazer complicações à saúde. Alguns medicamentos podem ter interação negativa com o antiparasitário, que também não é recomendado para crianças menores de 5 anos e gestantes. O ideal é nunca utilizá-la sem orientação médica.

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O que fazer em caso de suspeita de dengue?

A dengue nem sempre é sintomática. Quando os sintomas ocorrem, podem incluir febre, dores pelo corpo e letargia. Caso você acredite que está com a doença, busque orientação médica sobre a melhor maneira de proceder com seu caso.

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Quadros leves de dengue podem passar sozinhos entre uma semana e 10 dias após o início dos sintomas.

Recomenda-se repouso, hidratação e uso de medicamentos para o alívio de dor e febre. Mas cuidado: os remédios indicados nesse caso são paracetamol e dipirona. Analgésicos como aspirina, ibuprofeno ou nimesulida são contraindicados para a dengue em função do risco de complicações.

Casos mais graves da dengue podem exigir internação. Entre os sintomas que indicam complicações típicas da dengue hemorrágica, como é chamada a versão mais séria da doença, está o aparecimento de uma dor abdominal intensa. Gestantes, crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas estão no grupo de risco para complicações da doença.

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