Dengue em alerta máximo
Nunca tantos brasileiros morreram pela doença transmitida por um mosquito
Em 2022, cerca de mil brasileiros perderam a vida para a dengue. É a maior mortalidade anual desde que a doença foi reintroduzida no país, nos anos 1980. “A dengue está totalmente fora de controle, e é uma doença prevenível”, lamenta o médico Alexandre Naime Barbosa, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
A ação mais importante, relembra ele, é o controle do vetor, o mosquito Aedes aegypti. Isso exige comunicação constante com a população acerca dos focos de água parada. O inseto se prolifera ali, e, no período de chuvas, aproveita para botar os ovos, que podem permanecer viáveis por anos em ambientes secos até eclodirem.
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Outro ponto importante é que, com as mudanças climáticas, o padrão geográfico da moléstia mudou. Hoje o Sul é uma das regiões com mais casos e óbitos.
Profissionais de saúde devem estar atentos e pessoas com sintomas como febre, dor no corpo e manchas vermelhas precisam procurar atendimento rápido, pois o diagnóstico precoce diminui o risco de agravamento.
Um verniz para espantar o mosquito
A Tintas Coral lançou no país um verniz fosco incolor que, aplicado em paredes e outras estruturas, repele o Aedes aegypti, transmissor não só da dengue mas também de zika e chikungunya.
O produto, de nome comercial Coral Bem-Estar Proteção Antimosquito, possui permetrina, substância que já é usada como repelente em tecidos e roupas protetoras — e também é utilizada no tratamento de piolhos e lêndeas.
O fabricante garante dois anos de proteção contínua, eficácia que foi testada e certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A novidade pode ser usada sobre qualquer tinta de parede, desde que limpa e seca, e é lavável, com água e detergente neutro. O preço sugerido ao consumidor é de 199 reais no galão de 3,6 litros.