Clique e Assine VEJA SAÚDE por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Aspirina pode fazer mal ao coração?

Levantamento com mais de 45 mil pessoas sugere associação do comprimido com insuficiência cardíaca em alguns casos. Será?

Por Chloé Pinheiro
3 mar 2022, 14h53
aspirina e doença cardíaca
O uso regular da aspirina só deve ser feito sob orientação e acompanhamento médico. (Bruno Marçal/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

Há pelo menos 30 anos a aspirina é receitada para prevenir infartos e derrames em pessoas com alto risco cardiovascular — isso porque ajuda a evitar as placas que obstruem as artérias.

Só que uma nova pesquisa robusta, publicada em periódico da Sociedade Europeia de Cardiologia, relaciona o uso contínuo do remédio a um aumento de 26% no risco de insuficiência cardíaca.

Para a cardiologista Salete Nacif, do HCor, em São Paulo, o trabalho levanta a dúvida, mas não é definidor. “Outros estudos, tão grandes quanto esse, não mostram essa associação”, justifica.

A médica ressalta, contudo, que o benefício da aspirina é mais certo entre quem já tem um problema cardíaco diagnosticado. “Quando há só um fator de risco, como diabetes ou colesterol alto, parece não fazer diferença tomar ou não o comprimido”, completa.

+ Leia também: A aspirina NÃO foi inventada pelos nazistas

Continua após a publicidade

Para vingar a gestação?

Outro estudo recente, feito com mulheres que tiveram abortos espontâneos, constatou que o uso da aspirina elevou em 10% a taxa de sucesso da gravidez.

“Mas, nas mulheres em geral, o benefício não foi notado. Então precisamos de mais dados para entender melhor a relação”, diz a ginecologista Letícia Piccolo, de Vila Velha (ES).

“Por ser uma medicação barata e segura, ela poderá representar uma intervenção simples para diminuir o risco de perda gestacional.”

Continua após a publicidade

Compartilhe essa matéria via:

Uma longa história…

O princípio ativo da aspirina é utilizado há séculos. Veja mais sobre essa história:

1500 a.C.: O ácido acetilsalicílico, molécula-base da aspirina, vem originalmente da casca do salgueiro. O primeiro relato de uso foi feito em papiro.

Continua após a publicidade

75 d.C.: O cirurgião grego Dioscorides, a serviço dos romanos, elabora uma pasta com as cinzas da árvore para tratar calos e as fortes dores da gota.

Século 18: Após anos e anos de uso empírico, o remédio natural é alvo de um dos primeiros ensaios clínicos da história da medicina.

1826: É descoberta a molécula responsável pelos efeitos terapêuticos. O composto passa a ser depurado em laboratórios.

Continua após a publicidade

1900: A aspirina se torna o primeiro medicamento vendido em forma de comprimido no mundo. É chamada de “droga maravilha”.

Anos 1980: Surgem os estudos apontando o benefício na prevenção do infarto em pessoas com doenças cardiovasculares.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.