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AME: avanço no tratamento de uma doença rara progressiva

Medicações aumentam expectativa e qualidade de vida diante da atrofia muscular espinhal, mas há dificuldades no acesso

Por Larissa Beani
20 ago 2024, 09h10
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  • ame-tratamentos
    Novos tratamentos contra o avanço de condição neurológica ainda são de difícil acesso (Ricardo Davino/Veja Saúde)

    Sentar, caminhar, experimentar alimentos… Esses são alguns marcos da infância ameaçados pela atrofia muscular espinhal (AME), doença genética caracterizada pela perda progressiva de força e controle dos músculos.

    Tratamentos inovadores, porém, têm permitido que crianças adquiram e preservem essas habilidades mesmo com a condição.

    Dados de um estudo liderado pela farmacêutica Roche mostram que o uso diário do medicamento risdiplam por cinco anos possibilitou que 91% dos pacientes permanecessem vivos. Sem o fármaco, dificilmente teriam chegado até 2 anos.

    Além disso, 96% dos pequenos em tratamento agora podem engolir, 81% não precisam de ventilação permanente, 80% se alimentam sem tubo e 59% podem se sentar sem suporte por alguns segundos.

    O preço do resultado, porém, é elevado: são 54 mil reais a dose. Em maio de 2023, o medicamento passou a ser disponibilizado pelo SUS.

    + Leia também: “Se o simples complicar, investigue”: um olhar para a AME além da infância

    O que é a atrofia muscular espinhal (AME)

    Sinais

    A fraqueza muscular é um dos primeiros sintomas. Com ela, surgem dificuldades para atividades básicas como respirar, engolir e se movimentar.

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    Complicações

    Enquanto o tratamento medicamentoso não é iniciado, o quadro pode se agravar, e a falta de controle sobre os músculos coloca em risco a vida da criança.

    Diagnóstico

    A doença pode ser rastreada em triagem neonatal ou com testes próprios para detecção de mutação no gene SMN1, aliados à avaliação clínica.

    + Leia também: Nossa batalha contra a AME e o sonho de um sistema de saúde melhor

    Tratamento completo

    Além das medicações, pacientes precisam ter acesso a diversas terapias de suporte

    Fisioterapia

    Essencial não apenas para os movimentos dos membros, mas também para melhorar a respiração.

    Fonoaudiologia

    Além de cuidarem da fala, os profissionais orientam como superar dificuldades com a deglutição.

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    Terapia ocupacional

    Valorizando a capacidade física, as técnicas visam ampliar a autonomia e as habilidades do paciente.

    Nutrição

    Elaborar planos alimentares para adaptar a dieta às limitações da criança é fundamental.

    Medicamentos

    Nusinersen e risdiplam são drogas que atuam sobre o gene SMN2 para suprir o que não é produzido pelo SMN1.

    Terapia gênica

    O zolgensma é um medicamento individualizado que corrige a falha no DNA com uma única dose.

    + Leia também: Atrofia muscular espinhal (AME): rompendo os paradigmas de cuidado

    Governo é acusado de limitar acesso a terapia

    Incorporação de remédio mais caro do mundo é negociada há dois anos, porém sem sucesso

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    Algumas crianças com AME são candidatas a usufruir de uma terapia gênica (Zolgensma) capaz de corrigir a falha no DNA que causa a doença e levar à remissão dos sintomas.

    Em 2022, o medicamento, que custa mais de 6 milhões de reais, recebeu parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) para ser implementado no SUS — o que, todavia, não aconteceu.

    “Nesse ínterim, tivemos quatro reuniões com o Ministério da Saúde para fechar um acordo de compartilhamento de riscos, mas sem conclusão”, afirma Mario Marchesi, diretor da Novartis, laboratório dono da terapia.

    O governo não prevê quando o termo será firmado. 

    + Leia também: Entre o avanço e o acesso: um retrato da AME no Brasil

    O que é um acordo de compartilhamento de riscos?

    É um contrato estabelecido entre o governo e a indústria, no qual o Estado aceita fornecer determinado medicamento à população mediante alguns benefícios combinados com a farmacêutica.

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    O compartilhamento de riscos estabelece, por exemplo, que o governo deverá pagar pelos tratamentos apenas caso os resultados sejam atingidos pelo paciente.

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