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85% dos jovens com câncer colorretal têm ansiedade ou depressão

Diagnóstico têm grande impacto sobre a família, as finanças e a autoestima, revelam dados apresentados em congresso europeu de oncologia

Por Larissa Beani Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
17 set 2024, 10h33
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O intestino pode ser acometido pelo câncer (Ilustração: Jonatan Sarmento/Veja Saúde)
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Anualmente, 1,9 milhão de novos casos de câncer colorretal e mais de 900 mil óbitos pela doença são registrados ao redor do mundo. É o terceiro tipo de tumor maligno mais comum excluindo-se o de pele não-melanoma, ficando atrás apenas do câncer de pulmão (2,5 milhões de casos) e de mama (2,3 milhões).

Em geral, a doença que afeta o trecho final do nosso intestino (na região do cólon, reto e ânus) costuma aparecer na velhice. Mas, desde os anos 1990, médicos e cientistas têm observado o crescimento de casos entre pessoas mais jovens.

Hoje, estima-se que 10% dos pacientes tenham menos de 50 anos de idade. É o caso, por exemplo, da cantora Preta Gil, que foi diagnosticada no início de 2023, aos 49 anos, e está em tratamento.

“É um grupo crescente de pacientes que necessitam de um olhar e de cuidados especializados, já que a doença têm diferentes características e consequências na vida dos mais jovens”, afirma Kimmie Ng, oncologista especializada em tumores gastrointestinais do Instituto do Câncer Dana-Farber, nos Estados Unidos.

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Os impactos do câncer colorretal em jovens

No último sábado (14), a médica Kimmie Ng apresentou novos dados sobre o perfil e as demandas desse público em um painel no congresso Esmo 2024, organizado pela Sociedade Europeia de Oncologia Médica (Esmo) e realizado em Barcelona, na Espanha.

De acordo com o levantamento, 85% das pessoas jovens com câncer colorretal sofrem com ansiedade ou depressão durante ou após o tratamento — mas apenas 55% procuram ajuda para esses problemas.

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Além disso, 80% tinham filhos menores de idade quando foram diagnosticados, o que traz um grande impacto para toda a família.

Para aqueles que ainda gostariam de aumentar a prole, falta informação: 64% afirmam que não foram orientados pelos profissionais responsáveis acerca da possibilidade de preservar a fertilidade depois do tratamento.

+ Leia também: A prevenção do câncer colorretal deve se estender o ano inteiro

Outra questão que pega os diagnosticados de surpresa é a necessidade de uma procuração de saúde, ou seja, um documento que torna outra pessoa legalmente responsável por decisões médicas em casos em que o próprio paciente não esteja em condições para fazê-lo. Seis a cada dez deles não têm essa documentação em mãos.

A situação econômica também é bastante afetada pelo tratamento da doença: 62% passam por dificuldades financeiras e 64% tiraram licença ou largaram o trabalho ou os estudos por causa da doença.

Cuidados especiais

Além dos vários desafios socioeconômicos, pessoas jovens com câncer colorretal enfrentam dificuldades específicas no tratamento.

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“Apesar de serem tratados da mesma forma que pacientes mais velhos, eles têm suas próprias particularidades e podem ter desfechos piores“, afirma Ng. Nos Estados Unidos, o câncer colorretal é a principal causa de morte por câncer entre homens jovens e a segunda entre mulheres mais novas.

“Este subgrupo tem uma prevalência maior de alterações genéticas, incluindo uma soma de mutações, e de histórico familiar de câncer”, explica a médica.

+ Leia também: Mortalidade por câncer colorretal cresce 20% na América Latina

Por essas razões, é importante que as pessoas que recebem o diagnóstico antes dos 50 anos realizem testes genéticos. A partir dos resultados, os médicos conseguem traçar tratamentos mais assertivos para lidar com determinadas mutações.

Os pacientes também podem desenvolver condições crônicas devido às terapias e passar a conviver, principalmente, com problemas cardiovasculares e neurológicos. Para isso, acompanhamento especializado e reabilitação são necessários.

“A autoimagem e autoestima também são bastante afetadas entre pessoas diagnosticadas ainda jovens, porque o câncer colorretal ainda é uma doença cercada de tabus”, pontua a especialista.

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A preservação da fertilidade e da função hormonal é outro problema relevante para essa população.

+ Leia também: A prevenção do câncer colorretal deve se estender o ano inteiro

Conscientização

Para acolher esses pacientes e acelerar o desenvolvimento de pesquisas nessa área, o Instituto do Câncer Dana-Farber, em parceria com outros centros de pesquisa internacionais, criaram o Count Me In (“conte comigo”, em inglês), uma plataforma digital para conectar e engajar pacientes em estudo clínicos e epidemiológicos.

A iniciativa foi lançada em 2021 e ajudou pesquisadores a manterem seus estudos durante a pandemia.

Outra missão do projeto é diminuir o estigma sobre a doença e aumentar a conscientização sobre formas de preveni-la.

Adotar um estilo de vida ativo, fazer exercícios regularmente, alimenta-se de forma saudável, não fumar, nem beber são algumas medidas que podem diminuir o risco de desenvolver a doença.

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*A jornalista viajou a Barcelona a convite da Bayer.

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