Prescrições do editor: as obsessões nas narrativas do Nobel de Literatura
Laureado em 2023, norueguês Jon Fosse explora angústias e pensamentos que martelam a mente em livros que misturam vozes e tempos
Dono de um estilo peculiar, denso e ao mesmo tempo fluido, o escritor norueguês Jon Fosse ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 2023. Sorte a nossa que as editoras já estão traduzindo e publicando o autor por aqui. É o que podemos conferir em É a Ales (Companhia das Letras) e Brancura (Fósforo), dois livros curtos, porém potentes do premiado. No Brasil, outro romance pode ser encontrado em sebos e livrarias online, Melancolia (Tordesilhas).
E, felizmente, a safra está aumentando: a Companhia das Letras já anunciou a publicação de Trilogia e a Fósforo trará o esperado Septologia.
É a Ales
Autor: Jon Fosse
Tradução: Guilherme da Silva Braga
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 112
Uma mulher espera, um homem se vai, e, na mistura dos tempos e das lembranças, a história e as perdas de uma família no litoral da Noruega nos prendem de frase em frase.
É a Ales
Brancura
Autor: Jon Fosse
Tradução: Leonardo Pinto Silva
Editora: Fósforo
Páginas: 64
O narrador sai de carro e acaba atolado próximo a uma floresta. Na imersão pela mata, depara com criaturas ou aparições que desafiam o senso de realidade e destilam um ar de transcendência.
Brancura
Melancolia
Autor: Jon Fosse
Tradução: Marcelo Rondinelli
Editora: Tordesilhas
Páginas: 408
As angústias de um jovem músico introduzem uma paisagem de histórias com outros cenários, tempos e personagens. Uma sinfonia entre passado e presente se repetindo e se apoderando da nossa mente.
Melancolia