Os médicos são especialmente cautelosos na prescrição de exercícios durante os nove meses de gestação. E com uma dose de razão: há mesmo casos que não combinam com muito agito. Entretanto, uma revisão de 45 artigos conduzida em instituições canadenses sugere que, em determinadas situações, esses vetos provocam mais malefícios do que vantagens.
“Nós identificamos 11 complicações na gravidez que integravam a lista de contraindicações mas que, na verdade, são situações que se beneficiariam das atividades físicas, com ou sem adaptações”, relata Margie Davenport, fisiologista da Universidade de Alberta que assina a investigação.
Gravidez de gêmeos, obesidade e epilepsia são três exemplos. Segundo ela e os demais autores, cada gravidez deve ser avaliada individualmente — porém sem preconceitos com os exercícios.
Algumas recomendações dos autores da revisão
Contraindicações absolutas
Aqui é necessário abdicar dos esportes
- Doenças respiratórias severas (DPOC, fibrose cística etc.)
- Doenças cardíacas graves
- Arritmia intensa ou descontrolada
- Descolamento da placenta
- Diabetes tipo 1 desregulado
- Restrição de crescimento intrauterino
- Pré-eclâmpsia severa
- Insuficiência cervical (do útero)
Contraindicações relativas
A mulher deve discutir os riscos e benefícios
- Doenças respiratórias leves
- Doenças cardíacas leves
- Diabetes tipo 1 controlado
- Problema de placenta prévia após a 28ª semana
- Distúrbio na tireoide não tratado
- Transtorno alimentar severo
- Deficiência nutricional crônica
- Tabagismo moderado ou intenso, na presença de comorbidades
Exercícios liberados
Sinal verde pra malhar após falar com o médico
- Hipertensão crônica ou gestacional
- Sobrepeso ou obesidade
- Aborto de repetição
- Gravidez de gêmeos
- Epilepsia
- Anemia