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Exercício físico protege contra o glaucoma

Estudo revela que as atividades reduzem o risco de desenvolver uma das doenças que mais causa perda de visão no Brasil

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 26 Maio 2020, 11h11 - Publicado em 28 nov 2017, 13h14
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  • Cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, avaliaram mais de 11 mil pessoas a partir dos 40 anos e descobriram que, entre os mais ativos fisicamente, a incidência de glaucoma era significativamente menor. Sim, exercício faz bem até para os olhos.

    Para ter ideia, a cada dez minutos a mais de práticas entre moderadas e intensas por semana, o perigo de sofrer com esse problema caía 25%. O achado é interessante principalmente porque, até pouco tempo atrás, não se acreditava que o estilo de vida exercia qualquer influência positiva contra o avanço dessa condição.

    Mais: o glaucoma atinge até 1 milhão de brasileiros, não tem cura e é uma das principais causas de cegueira no mundo. E detectá-lo cedo é um desafio, uma vez que ele não manifesta muitos sintomas.

    “A doença vai aos poucos prejudicando a visão periférica até que chega ao centro. Mas essa perda gradual é difícil de ser notada antes de atingir um estágio avançado”, comenta Lisia Aoki, oftalmologista do Hospital das Clínicas de São Paulo.

    É malhar para ver

    O elo entre exercício físico e uma boa visão é novidade e ainda carece de mais estudado. Mas já se suspeita de alguns mecanismos por trás dele.

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    “Sabemos que um dos fatores importantes para desenvolver o glaucoma é o fluxo de sangue que o nervo óptico recebe”, explica Lisia. “A partir daí, concluímos que quadros que alterem a circulação nessa região, como pressão alta ou diabetes, podem aumentar o risco de a doença aparecer”, conclui a médica.

    As passadas constantes, por sua vez, combatem males crônicos como esses. Ou seja, ela afastaria os problemas por trás do glaucoma.

    Para derrotar o glaucoma

    Além de ficar de olho no condicionamento físico, o ideal é fazer exames preventivos regularmente a partir dos 40 anos. “Quem tem casos na família deve ficar mais atento”, orienta Lisia. Os testes medem a pressão intraocular – é quando ela está elevada que há um aumento no risco de lesão do nervo óptico – e avaliam o estado do nervo em si.

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    Nos últimos anos, outras condições foram associadas à doença, como apneia do sono, hipertensão arterial noturna e o uso indiscriminado de colírios.

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