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As vacinas indispensáveis na gravidez (mas que são pouco tomadas)

Uma campanha pretende aumentar as taxas de vacinação entre as gestantes no Brasil. Até porque essa medida protege a mãe e o bebê de doenças

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 8 Maio 2018, 10h05 - Publicado em 12 mar 2018, 17h22
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  • Desde o dia 8 de março, já está no ar a campanha “Calendário de vacinação da gestante: um sucesso de proteção para mãe e filho”. A iniciativa, da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), chega em um momento oportuno, no qual as taxas de adesão a vacinas fundamentais durante a gravidez são insatisfatórias.

    Coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Carla Domingues trouxe dados preocupantes no evento de apresentação. Em 2017, só 38% das gestantes tomaram a vacina tríplice bacteriana (contra difteria, tétano e coqueluche). No mesmo ano, não mais do que 79% se resguardaram contra a gripe.

    Mas por que é tão importante se vacinar? É que tanto as futuras mamães como os recém-nascidos estão especialmente sujeitos a complicações de determinadas infecções.

    Gestantes e crianças com até 5 anos, por exemplo, respondem por 11% das mortes decorrentes da gripe. Nos 6 primeiros meses de vida, o pequeno corre um risco 40% maior de ser internado por causa dessa doença, quando comparado a crianças de 6 meses a 1 ano de vida.

    Mais: dos 2 955 casos de coqueluche reportados no Brasil em 2015, 63% ocorreram em menores de 1 ano. Das 35 mortes, 30 foram em bebês com menos de 3 meses.

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    E a enorme maioria desses eventos seria evitada com uma vacinação adequada em gestantes. Isso porque, além de se proteger, a mulher repassa os anticorpos que desenvolveu por causa da vacina para o filho pela placenta e, depois, através do leite materno.

    Quais vacinas a grávida deve tomar

    Em resumo, são elas: influenza (gripe), hepatite B, dupla bacteriana do tipo adulto (a dT, contra a difteria e tétano), e a tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (a dTpa, contra a difteria, tétano e coqueluche). O protocolo de quantas doses devem ser aplicadas pode ser consultados no site www.vacinasparagravidas.com.br, que é parte da campanha da Sbim.

    Todas essas imunizações, disponíveis na rede pública e privada, são feitas a partir de agentes infecciosos inativados. Ou seja, não há chance de os componentes da vacina acabarem deflagrando a doença contra a qual deveriam proteger. Alergias e outras questões devem ser discutidas com o médico.

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    Há ainda casos especiais, como o da vacina da febre amarela. Embora não faça parte do calendário oficial, é possível que ela seja recomendada a gestantes que vivem em regiões de risco. Ainda assim, é essencial conversar com o doutor.

    Afinal, nessa situação, há um risco mínimo de reações adversas graves da vacina. Também é possível ver essas indicações extraordinárias no site da iniciativa.

    A campanha em si

    A ideia é distribuir folhetos e cartazes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de materiais de apoio a médicos, sobre a vacinação durante a gravidez. Haverá ainda inserções sobre o tema em relógios públicos e informações online – tudo para trazer maior conscientização sobre o tema.
    O Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Infectologia apoiam o projeto. A madrinha da campanha é a atriz Juliana Didone.

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