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O Fim das Dietas

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Antonio Lancha Jr, professor expert em atividade física e nutrição da USP e autor de livros como "O Fim das Dietas", ensina como emagrecer sem cair em promessas furadas

Emagrecer não precisa ser um sacrifício

Usar o termo para o emagrecimento sugere que ele foi uma benção divina pela nossa dor, mas não é bem assim que a coisa funciona

Por Antonio Lancha Jr
Atualizado em 29 abr 2025, 14h38 - Publicado em 29 abr 2025, 14h35
foto de quatro pares de pés de pessoas com meias em volta de uma balança
Perder peso pode ser desafiador, mas o benefício é grande (Foto: GI/Getty Images)
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Outro dia uma amiga me disse: “Não dá para emagrecer sem sacrifício“.

Como sou cientista, costumo desafiar crenças e conceitos antes de tê-los como certo. Assim, reflito sobre o significado de sacrifício.

Na Bíblia, no original em Hebraico, a palavra para “sacrifício” é korban (קרבן), que significa “aproximar-se”. Ela é derivada da raiz karev (קרב) que significa “aproximar”.

Sacrifício, na fé cristã, significa dar ao Senhor qualquer coisa que Ele requeira de nós em termos de tempo, bens e disposição para levar adiante a Sua obra. Nesse conceito, temos que o ato de sacrificar, deva ser abdicar de algo até que o desejo ou sonho se materializem.

Se colocarmos o objetivo de emagrecimento nesse escopo, teremos que o sacrifício, representa abrir mão de alguma coisa em prol de alcançar o corpo almejado.

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Aí surge a dúvida: se houve esforço para alcançar esse corpo, entendemos que essa conquista é eterna? Se assim fosse, não adiantaria qualquer sacrifício, pois o corpo estaria eternizado em sua gordura. Ou seja, nem o corpo magro nem o corpo gordo são permanentes. Eles apenas refletem a forma como estamos vivendo.

Com isso, então, provoquei minha amiga dizendo: “Se o sacrifício é necessário para emagrecer, no conceito da palavra, emagreceríamos e, como dignos da benção divina, seguiríamos magro para a eternidade”.

Ela então respondeu: “Não, pois você precisa seguir merecendo!”

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Com essa fala chegamos a um ponto em comum: para a manutenção do corpo que desejamos seria necessário o sacrifício constante. Foi então que a provoquei pela última vez. “Você acredita que esse sacrifício pode ter doses? Ou seja, ao invés de abrir mão da coxinha da padoca posso comer meia coxinha? E assim teria meia benção?”

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Depois de refletir e de diversas idas e vindas, ela disse: “Mas assim você vai levar mais tempo pra alcançar seu objetivo!”

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“Certo”, respondi, “Então, sacrifício tem dose?” Ela então respondeu: “Sim, é o quanto você abre mão de algo em prol dos seus desejos.”

Esse diálogo mostrou à minha amiga que o termo “sacrifício” estava sendo empregado de forma equivocada no conceito de escolha. Ou seja, prefiro meia coxinha para emagrecer mais devagar e ter o prazer de continuar comendo esse alimento.

Usar o termo sacrifício para o emagrecimento coloca uma condição em que o emagrecimento foi uma benção divina pela nossa dor. Mas será que o emagrecimento não é um resultado da sua determinação, trazido como consequência da sua disciplina?

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A primeira opção coloca você como distinto divino de uma benção, a segunda coloca você no controle da sua forma de gestão da sua saúde. Seja qual for sua escolha, que Deus o abençoe.

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