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O que pode fazer um bebê nascer prematuro?

Médico explica por que orientação antes da concepção e pré-natal reduzem o risco de antecipar o parto

Por Mário Macoto Kondo, ginecologista e obstetra*
Atualizado em 25 fev 2022, 11h32 - Publicado em 25 nov 2021, 10h22
parto prematuro
Consultas de rotina com o obstetra ajudam a flagrar fatores de risco para o parto prematuro. (Foto: Sharon McCutcheon/ Unsplash/Divulgação)
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As complicações decorrentes do nascimento prematuro, aquele que ocorre antes das 37 semanas de gestação, estão entre as principais causas de mortalidade infantil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que 11,7% dos partos ocorrem antes do tempo, ou seja, cerca de 340 mil bebês nascem prematuramente.

Os fatores que favorecem a prematuridade podem ser divididos em dois grupos. O primeiro está relacionado a uma causa espontânea: o trabalho de parto acontece antes da hora e isso está, ou não, associado à ruptura da bolsa amniótica, a chamada bolsa rota. Já o segundo grupo é representado por complicações maternas, fetais ou de ambos.

O pré-natal é fundamental para identificar os riscos de um parto prematuro, como sangramento vaginal de primeiro ou segundo trimestre persistente, problemas do colo do útero (colo curto, incompetência cervical…), malformações uterinas, infecção urinária, pré-eclâmpsia, gestação na adolescência ou acima de 35 anos, gestações múltiplas, antecedente de parto prematuro, rotura precoce de membranas ovulares, entre outros.

Por isso, é muito importante a avaliação clínica para diagnóstico e/ou tratamento de condições que podem levar a esse quadro, como o diabetes e a hipertensão. Nas gestantes diabéticas, o controle da glicemia deve estar adequado sempre. Entre as que apresentam pressão alta, alguns medicamentos são contraindicados para uso durante a gestação e devem ser substituídos.

+ LEIA TAMBÉM: Prato colorido para o bebê nascer na hora certa

A obesidade também é um fator que pode aumentar a propensão ao diabetes gestacional e à pré-eclâmpsia e, consequentemente, um parto antes da hora. E os malefícios do tabagismo e do consumo de bebidas alcoólicas, que elevam o risco de o bebê desenvolver algumas doenças, devem ser sempre enfatizados nas consultas.

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Nos casos em que a gestante tem um antecedente de parto prematuro, existe a necessidade do uso de progesterona. E, nos casos de perda prematura por incompetência cervical, a realização de cerclagem do colo do útero pode ser indicada. Mas, em todas as gestações, na orientação pré-concepção, o médico deve ressaltar a importância do ácido fólico para reduzir o risco de malformações do bebê, mais uma causa de prematuridade.

É fundamental que o pré-natal seja feito mensalmente e de forma contínua. Assim como é essencial que a maternidade ofereça todo o suporte multiprofissional para o atendimento das gestantes e dos prematuros, o que envolve obstetrícia, medicina fetal, neonatologia, anestesia, endoscopia, cirurgia pediátrica, cirurgia cardíaca, neurocirurgia, psicologia, fisioterapia e enfermagem.

Como muitos prematuros permanecem internados por várias semanas, o apoio psicológico para a mãe e os familiares torna-se outro ponto sensível. E o estímulo à amamentação e à administração do leite materno, seja até mesmo por meio de banco de leite durante a internação, deve ser encorajado, uma vez que auxilia na recuperação do recém-nascido e na alta para casa.

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* Mário Macoto Kondo é ginecologista e obstetra e chefe do departamento de Obstetrícia do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo

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