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Os vegetais que mais protegem contra a aterosclerose

O problema, conhecido por causar o entupimento das artérias, aumenta o risco de AVC e infarto

Por Thaís Manarini
Atualizado em 30 out 2019, 12h45 - Publicado em 6 abr 2018, 12h10
aterosclerose vegetais alimentos
Brócolis e outros vegetais crucíferos beneficiariam as artérias (Foto: Dulla/SAÚDE é Vital)
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Uma pesquisa australiana recém-publicada no jornal científico da Associação Americana do Coração (AHA) dá uma dica para quem deseja manter as artérias em perfeitas condições e evitar a aterosclerose (o entupimento dos vasos sanguíneos). E ela é simples: capriche mais na ingestão de vegetais, especialmente os crucíferos, grupo que reúne brócolis, couve-flor, repolho, acelga e por aí vai.

Em material divulgado pela AHA, a líder do trabalho, a pesquisadora Lauren Blekkenhorst, comentou que esse é um dos primeiros estudos a explorar o impacto de diferentes tipos de vegetais em medidas associadas à aterosclerose, um dos motivos que leva a infarto e outras doenças cardiovasculares.

Na experiência, conduzida na Universidade Edith Cowan, entre outras instituições, os cientistas distribuíram questionários de frequência alimentar a 954 mulheres com 70 anos ou mais. Elas anotavam o consumo de vegetais e os tipos escolhidos. Além disso, as voluntárias passaram por uma medição da espessura da parede da artéria carótida e da ramificação dos vasos – isso para determinar a saúde dessas estruturas e a eventual presença de placas que podem entupi-las.

Os experts notaram que as grandes fãs de vegetais apresentavam uma artéria com espessura 0,05 milímetros menor em relação a quem não investia nesses alimentos. “Isso é provavelmente significativo, porque uma redução de 0,1 milímetros está associada a uma diminuição de 10 a 18% no risco de derrame e infarto”, observou Lauren.

E o mais interessante: cada 10 gramas diárias a mais de vegetais crucíferos na dieta baixava em 0,8% a espessura média da parede da artéria carótida. Esse ganho, no entanto, não foi observado em outros tipos de vegetal – pelo menos nesse estudo.

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Como a pesquisa é de observação – ou seja, não chegou a traçar uma relação clara de causa e efeito –, sempre vale cautela na hora de interpretar os resultados. “De qualquer forma, as diretrizes dietéticas deveriam destacar a importância de comer mais vegetais crucíferos para proteção contra doenças vasculares”, finalizou Lauren.

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