A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, mais conhecida como Proteste, verificou em laboratório amostras de dez marcas de queijo minas frescal, com foco na quantidade de sódio e gordura desses alimentos. Conclusão: informações exibidas nas embalagens não condizem com a realidade em vários casos. Por exemplo: 90% das provas tinham bem mais gordura do que o descrito no rótulo.
As seguintes empresas foram avaliadas:
- Tirolez;
- Ipanema
- Quatá
- Fazenda
- Puríssimo (uma das amostras com 40% menos sódio)
- Sol Brilhante (com 35%menos sódio)
- Balkis (sem sal)
- Keijobon (uma das amostras sem sal)
As maiores variações entre o total de gordura apresentado na embalagem e o que de fato está no produto foram observadas em Keijobon sem sal (145%), Puríssimo (56%) e Sol Brilhante (53%). Apenas a versão com sal da Keijobon se manteve dentro dos limites. Vale ressaltar que, de acordo com a legislação brasileira, a diferença entre os dados do pacote e o que de fato é ofertado ao consumidor não pode ser maior que 20%.
Além disso, a Proteste descobriu que, com exceção do queijo Puríssimo reduzido em sal, todos apresentaram teores de matéria gorda no extrato seco acima do estipulado para os queijos semigordos — segundo o Ministério da Agricultura, o queijo minas é um tipo semigordo de alta umidade. Em contrapartida, a tal umidade foi respeitada nas provas colhidas. Também não foram detectados micro-organismos que fazem mal ao corpo.
E o sódio?
Os produtos da Quatá e Keijobon possuíam menos desse mineral do que especificavam. Apesar do erro, cabe ressaltar que, do ponto de vista de saúde, a falha é, digamos, inofensiva. Ora, o excesso desse nutriente favorece a hipertensão. Já a Puríssimo light, que prometia redução de 40% do mineral, na verdade foi flagrada com 47% a mais do que o sinalizado.
Com os resultados em mãos, o Ministério da Agricultura e a Anvisa devem estudar medidas para que esses problemas sejam controlados. Enquanto isso, cabe a você fazer eventuais reclamações e tomar os devidos cuidados no supermercado.