Cientistas brasileiros e americanos identificaram alterações em 18 regiões do genoma de cães associadas a um maior risco de desenvolvimento de câncer.
Dessas, oito também podem ser observadas no DNA humano. A inesperada similaridade indica que tratamentos criados para nós também possam servir aos animais.
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“Compreender a genética canina é essencial para a evolução de terapias-alvo na veterinária, por exemplo”, afirma Lucas Rodrigues, coautor do estudo e chefe de Pesquisa Veterinária da empresa FidoCure, nos EUA.
Ainda incipiente no Brasil, o tratamento oncológico de precisão já é realizado em clínicas veterinárias no exterior e dá maior sobrevida aos cães.
Saber para cuidar
Informações valiosas para se antecipar ao câncer em cães
Há raças mais predispostas?
Ao redor do mundo, dezenas de milhões de cães desenvolvem tumores todos os anos. Desses, a principal raça diagnosticada é o golden retriever.
Quais tipos de tumor são mais comuns?
Mastocitomas (atingem principalmente a pele), linfomas (afetam o sistema linfático) e sarcomas nos ossos e tecidos moles dos cães.
Como garantir o diagnóstico precoce?
Fazendo exames de rotina anualmente e visitas mais regulares ao veterinário a partir dos 7 anos — a idade aumenta o risco.
É possível prevenir o câncer em cachorros?
Nem sempre, mas, como em humanos, deve-se evitar fatores de risco e assegurar boa alimentação, exercícios e proteção solar.
Quais sintomas são característicos?
Os sintomas dependem do local e do estágio do tumor. Os tutores devem estar sempre atentos a mudanças de comportamento do pet.
Quais são as opções de tratamento?
Cirurgia, quimio e radioterapia são as mais comuns. Terapias-alvo são altamente eficazes, porém ainda pouco aplicadas no Brasil.