Analisando a saúde sexual de mais de 1 500 mulheres de 40 a 65 anos, uma equipe médica internacional notou uma estreita relação entre vivências desagradáveis na infância e problemas íntimos na fase adulta.
Aquelas que passaram por, no mínimo, quatro eventos traumáticos quando eram pequenas encaravam o dobro de risco de desenvolver disfunções sexuais femininas ou ter menos relações tempos depois.
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“Avaliamos diversas formas de abuso e negligência infantil”, explica Mariam Saadedine, coautora da investigação e pesquisadora da Clínica Mayo, um dos principais hospitais dos EUA.
“Isso inclui todo tipo de abuso, exposição à violência doméstica, uso de substâncias e clausura”, completa a especialista.
Aprender a lidar com essas memórias pode poupar dissabores no futuro — inclusive entre quatro paredes.
O que são disfunções sexuais femininas?
São distúrbios que afetam o desejo, a excitação, o orgasmo e a satisfação sexual.
Podem envolver dor durante a relação e contrações involuntárias na genitália feminina, além de afetar a autoestima.
Essas situações podem surgir em decorrência de fatores psicológicos (como ansiedade e depressão), culturais (crenças que condenam a sexualidade) e físicos (pós-parto e menopausa).
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Tratamentos disponíveis
Duas em cada cinco mulheres podem ter disfunções ao longo da vida. Saiba como cuidar do problema
Psicoterapia
Por estar relacionado a questões psíquicas, é essencial ter o apoio de profissionais que vão ajudar a repensar tabus e a superar traumas.
Ginecologista
O médico deve apresentar as alternativas de tratamento e sanar dúvidas da mulher sobre seu corpo e o sexo.
Fisioterapia pélvica
Para quem sofre de contração e dores no assoalho pélvico, exercícios para relaxamento e reabilitação são recomendados.
Boa companhia
O apoio do parceiro ou da parceira é fundamental para se sobrepor a uma disfunção. Terapia de casal pode ser útil.