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Quando o hospital mexe com a cabeça

Períodos de internação podem abalar a capacidade cognitiva. Mas dá para minimizar esse impacto

Por André Biernath
Atualizado em 14 fev 2020, 18h22 - Publicado em 17 out 2017, 09h02
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  • Um estudo apresentado na última Conferência Internacional de Alzheimer coloca a hospitalização de indivíduos mais velhos entre os principais fatores de risco para prejuízos à memória e ao raciocínio. Para começo de conversa, o estresse da internação e eventuais infecções estão por trás de episódios de confusão mental. “Além disso, o uso de sedativos e a ventilação mecânica, bem como a interrupção do sono, contribuem para o quadro”, diz o autor da pesquisa, Bryan James.

    Ao analisar 930 sujeitos com uma idade média de 81 anos, o epidemiologista notou que a parcela submetida a uma hospitalização teve uma aceleração de 60% no processo de declínio cognitivo. Curiosamente, isso ocorreu nos indivíduos que precisaram de atendimentos de emergência — aqueles que foram ao centro médico para uma cirurgia programada não enfrentaram tanto problema. “O ideal é ficar o menor tempo possível e retornar para casa”, afirma a fisioterapeuta Claudia Fló, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

    6 táticas para manter a integridade cerebral durante a internação

    1. Coloque um relógio na parede
    Isso faz com que se tenha uma melhor noção do passar do tempo e dos ciclos do dia. Outra boa pedida é pendurar um calendário no quarto.

    2. Tenha sempre alguém por perto
    Pacientes mais velhos devem estar acompanhados 24 horas para não se sentirem solitários e terem a quem pedir alguma ajuda.

    3. Passe informações
    Na hora da visita, sempre fale como está o clima lá fora, as notícias recentes… Tudo para aumentar a sensação de pertencimento.

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    4. Ofereça estímulos
    É possível colocar algumas músicas ou até selecionar vídeos e programas de TV para manter a pessoa hospitalizada mais entretida.

    5. Pergunte sobre a alta
    Converse com a equipe médica para saber quando ocorrerá a volta ao lar. Se o paciente estiver bem, esse momento pode ser antecipado.

    6. Fique de olho nos sinais
    Caso você perceba confusão mental, dificuldade ao se recordar de fatos e se localizar no espaço, comunique os profissionais de saúde.

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