Em tempos de relações cada vez mais virtuais e superficiais, cientistas da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, reforçam a importância curtir os prazeres de um almoço em família ou uma noite com os amigos. E não se trata de uma simples repetição do principal mantra do estilo de vida contemporâneo, viu? O alerta é baseado em um estudo realizado ao longo de mais de sete décadas.
Tudo começou em 1939, quando esses especialistas passaram a acompanhar 456 homens de Boston (EUA) e 268 calouros de Harvard — o segundo grupo deixou de ser monitorado após a formatura, que aconteceu cinco anos depois. A avaliação de todos os voluntários consistiu em questionários aprofundados sobre o cotidiano e exames de sangue e neurológicos feitos periodicamente.
No ano de 2014, veio o veredicto: aqueles com melhores relações interpessoais foram considerados mais saudáveis e felizes. Os solitários, por outro lado, estavam mais propensos à morte prematura e declínios no sistema imune. O princípio ativo desse santo remédio? Amor.
Isso porque ter alguém para compartilhar tristezas, alegrias e segredos ajuda a espantar a ansiedade, o estresse e outros sentimentos negativos que abalam o organismo como um todo. E pouco importa se você conta nos dedos de uma mão as verdadeiras amizades que possui ou quantas vezes foi correspondido na hora da paquera. Estamos falando de qualidade dos relacionamentos, não de quantidade.
Mas, claro, alguns fatores externos interferem diretamente nesse efeito tão positivo. Traumas gerados com a perda o emprego dos sonhos ou por términos amorosos conturbados, por exemplo, prejudicam nossa capacidade de processar e administrar emoções, sejam positivas ou negativas. Se for o seu caso, considere trabalhar tais questões no divã.