Liberar o casamento gay previne suicídios
Nos Estados Unidos, essa medida reduziu o número de jovens que tentaram se matar
Antes de a Suprema Corte americana legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo no país inteiro (em junho de 2015), alguns estados já haviam superado essa questão. Outros, porém, recusavam-se a permitir a união. E foi observando 762 678 estudantes do Ensino Médio dessas regiões tão distintas que cientistas da Universidade Johns Hopkins chegaram a uma estimativa impressionante. De 2009 a 2015, 134 mil tentativas de suicídio por ano entre adolescentes não ocorreram por ali graças à autorização do matrimônio gay.
A adoção dessa política diminuiu em 7% a probabilidade de garotos e garotas buscarem se matar – entre homo e bissexuais, a taxa foi 14% menor. “Isso não aconteceu em estados onde a união homoafetiva era vetada”, diz Julia Raifman, epidemiologista e autora do trabalho. “A menor estigmatização e a perspectiva de um tratamento igualitário influem na mente dos jovens, ainda que eles não estejam pensando em se casar”, conclui. Que o novo presidente da maior potência mundial e cada um de nós consideremos esses números em nossas ações.
O bem-estar das minorias sexuais
A falta de apoio social à população LGBT traz repercussões perversas. Segundo Julia Raifman, a incidência mais elevada de depressão e abuso de drogas nesse grupo é uma consequência da discriminação – que não está, nem de perto, restrita aos Estados Unidos.
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