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Estresse pós-traumático: o que é o problema e como lidar com gatilhos

Transtorno de ansiedade causado por experiências aterrorizantes do passado causa sintomas físicos e mentais e requer acompanhamento psiquiátrico

Por Maurício Brum
20 fev 2024, 18h10
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O transtorno de estresse pós-traumático pode afetar mesmo quem não vivencia uma situação traumatizante em primeira mão (rawpixel.com/Freepik)
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Vivenciar uma situação traumatizante pode ter impactos que se estendem muito além do momento em que a experiência ocorreu. Para pessoas que sobreviveram a um evento assustador, o transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) pode se tornar um motivo contínuo de sofrimento e ansiedade, exigindo cuidados de saúde mental que variam de pessoa para pessoa.

O TEPT é comum em quem passou por um acidente de carro, viveu uma situação de abuso sexual, sofreu um assalto ou enfrentou uma catástrofe natural.

Mas qualquer cenário de terror ou ameaça pode levar ao surgimento desse transtorno, inclusive em pessoas que não foram vítimas diretas do episódio traumático: receber uma informação trágica ou presenciar uma situação que aconteceu com alguém podem bastar para desenvolver TEPT.

+Leia também: Como superar um trauma?

Sintomas de estresse pós-traumático

Por ser um problema com muitas facetas, o TEPT pode se manifestar de maneiras diferentes conforme a realidade de cada pessoa. Mas é comum que o estresse pós-traumático provoque sintomas físicos e psíquicos.

Ao reviver o trauma, por um gatilho ou uma lembrança fortuita, a pessoa pode ter náusea, taquicardia e suor excessivo, além de sentir ansiedade, medo de quem está ao seu redor e ficar em alerta constante temendo uma ameaça.

Uma realidade comum para os sobreviventes de experiências traumáticas são lembranças intrusivas da situação que ocasionou o transtorno. Mesmo quando a pessoa não consegue se recordar em detalhes do momento em si, o trauma pode ressurgir na mente de maneira involuntária através de flashbacks ou em pesadelos.

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Quais tratamentos existem para o transtorno

O tratamento do estresse pós-traumático exige uma abordagem individualizada. Não existe uma receita única que funcione para todos os casos. Em geral, os especialistas indicam uma combinação de psicoterapia com medicamentos antidepressivos e ansiolíticos.

Entre as técnicas terapêuticas que costumam ser utilizadas, está a exposição à memória traumática. Nesse tipo de terapia, a pessoa é incentivada a falar sobre o momento que gerou o TEPT.

No início, esse enfrentamento do trauma pode causar resistência. Muitos pacientes, porém, relatam uma melhora dos sintomas conforme se acostumam a reorganizar as memórias e aprendem a lidar com a lembrança desagradável.

O mais comum é que a terapia e a medicação sejam indicados em conjunto, mas também há casos em que eles são empregados separadamente, conforme a resposta da pessoa a cada abordagem.

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Identifique os gatilhos do TEPT

Em muitos casos, um episódio de crise pelo estresse pós-traumático é causado por um gatilho, uma situação específica que joga a memória para aquele cenário de terror.

Gatilhos comuns do TEPT incluem lugares com muitas pessoas, contato físico inesperado, barulhos altos ou a proximidade da data em que o evento traumático ocorreu.

A dificuldade de lidar com esses gatilhos faz muitos pacientes optarem por se isolar socialmente, evitando locais e pessoas que podem provocar uma crise. O acompanhamento psicológico pode ser fundamental para identificar o que causa uma reação mais forte naquela pessoa, ajudando-a a enfrentar melhor essa realidade e voltar a ter uma vida social mais ativa.

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