Clique e Assine VEJA SAÚDE por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Internação de jovens por ansiedade aumenta: celular é culpado?

Pediatras recomendam o mínimo de exposição possível aos dispositivos eletrônicos

Por André Bernardo
Atualizado em 19 ago 2024, 10h01 - Publicado em 19 jul 2024, 13h48
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Aviso: esse conteúdo faz parte da série “Dossiê ansiedade: como nos tornamos escravos dela?”. Clique aqui para ler os outros conteúdos. 

    A ansiedade afeta todos as fatias da população, mas o crescimento entre jovens é notável. Segundo o Ministério da Saúde, o número de internações relacionadas a estresse e ansiedade aumentou 136% entre 2013 e 2023. No ano passado, foram mais de 1,6 mil hospitalizações em pessoas entre os 13 e os 29 anos.

    O problema é complexo e multifatorial, mas se discute o papel cada vez maior do uso de telas e das redes sociais no crescimento do transtorno. O pesquisador Jonathan Haidt, autor de Geração Ansiosa – Um Guia para Se Manter em Atividade em um Mundo Instável (Rocco) – Clique para comprar* é uma das principais vozes a responsabilizar smartphones e companhia pelo quadro alarmante.

    Por isso, prescreve: celular, só após os 14 anos; e redes sociais, depois dos 16. Quanto ao tempo de tela, as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) são mais flexíveis: no máximo três horas por dia dos 11 aos 18 anos.

    “Qual é o tempo ideal? O menor possível”, crava a pediatra Gabriela Crenzel, do Grupo de Trabalho de Saúde Mental da SBP. “Muitas vezes, as crianças se trancam no quarto e os pais não fazem ideia do que acontece lá dentro. Pensam que estão seguras. Mas não sabem com quem estão conversando ou o que estão fazendo.”

    Continua após a publicidade

    Não é por acaso que mestres do empreendimento tecnológico, como Bill Gates (Microsoft) e Steve Jobs (Apple), restringiam a seus filhos o acesso a celulares e dispositivos que ajudaram a criar. “Eles viciam nossas crianças”, diz Felipe Neto, um produtor de conteúdo digital que está ciente de que o consumo impõe limites.

    Clique aqui para entrar em nosso canal no WhatsApp

    Haidt também recomenda a proibição de smartphones em sala de aula. O assunto divide opiniões, mas um relatório da Unesco aponta que um em cada quatro países já tem leis que impedem, parcial ou totalmente, o uso de aparelhos pessoais em escolas — o Brasil não integra essa estatística.

    “Toda e qualquer forma de redução do tempo de tela é benéfica”, afirma Gabriela, citando os prejuízos à concentração e à socialização. Mas há quem contra-argumente que a tecnologia seria uma aliada do aprendizado. “Orientar é sempre melhor do que proibir”, diz o psiquiatra Ênio Roberto de Andrade, do Serviço de Psiquiatria da Infância e da Adolescência do Instituto de Psiquiatria da USP. “A proibição pode encorajar crianças e adolescentes a mentir para pais e professores.”

    Continua após a publicidade

    E o que dizem os alunos brasileiros? Bem, quase metade deles admite que equipamentos eletrônicos distraem sua atenção nas aulas. A média global, segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), é 30%.

    Continue lendo sobre ansiedade em nosso dossiê sobre o assunto clicando aqui.

    *A venda de produtos por meio desse link pode render alguma remuneração à Editora Abril.

    Compartilhe essa matéria via:
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 14,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.