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Cochilar à tarde beneficia a memória e a cognição

A soneca depois do almoço parece ser receita certeira para manter a mente nos trinques com o avançar da idade

Por Karolina Bergamo
Atualizado em 29 mar 2019, 17h08 - Publicado em 14 jan 2017, 14h00
Idoso-sono
Uma soneca depois do almoço pode ajudar a manter a mente nos trinques com o avançar da idade (Tiago Almeida/)
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O turista brasileiro que resolver dar uma volta após o almoço pelas vielas da pequena Matera, cidade histórica no sul da Itália, vai se deparar com os estabelecimentos fechados e esquinas desertas. É que os habitantes de lá são adeptos da sesta, o famoso cochilo após a refeição.

Em Controne, outra cidade italiana, a prefeitura anunciou que iria aplicar multas nos donos de cães que latissem durante o descanso vespertino. Pois é, trata-se de uma tradição levada a sério por lá – e em vários outros países da Europa.

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Aqui no Brasil, no entanto, a maioria da população não cultiva esse hábito. Mas pesquisas indicam que faria bem adotá-lo – e não só para voltar animado ao batente.

Um estudo da Universidade de Baltimore, nos Estados Unidos, investigou a ação dessa soneca no funcionamento cerebral de 2 974 chineses que já haviam passado dos 60 anos. E veja só: segundo as conclusões do trabalho, cochilar uma hora por dia melhoraria a memória e cognição das pessoas nessa faixa etária.

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Os participantes foram divididos em três categorias: os que não dormiam após o almoço; os que adormeciam só um pouco (menos de 30 minutos); os que passavam um tempo moderado repousando (de 30 a 90 minutos) e os que se entregavam ao sono por um período longo (mais de 90 minutos).

Ao comparar essa turma toda, eles notaram que os adeptos do descanso moderado tiveram melhor desempenho nos testes mentais do que os outros grupos. Para ter ideia, quem dormia pouco ou muito chegava a encarar de quatro a seis vezes mais dificuldade nas atividades propostas do que aqueles que repousaram por aproximadamente uma hora.

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Os experts afirmam que, apesar de ser um estudo baseado apenas em observação, ele abre caminhos para novas investigações. E como a perda sutil de cognição é própria do processo de envelhecimento, a notícia é especialmente animadora.

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