Nos tempos atuais, a sensação de cansaço tende a ser subestimada. Estamos imersos em uma rotina atribulada de trabalho, estudos e responsabilidades domésticas.
E mais: somos cobrados a apresentar produtividade no meio desse turbilhão de atividades. Para alguns, é significado de corpo mole ou até mesmo preguiça. Para outros, assumir o esgotamento é um sinal de fraqueza.
No entanto, esse pode ser um dos primeiros sinais de várias doenças. Por isso, quando a canseira estiver acima do aceitável, é importante dar um pulo ao médico para ver se há algo mais sério acontecendo.
Preparamos uma lista de condições que podem trazer, entre outros sintomas, a estafa.
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Anemia
Baixa na produção de hemoglobina, proteína que transporta o oxigênio pelo sangue, gera fraqueza e indisposição. A principal causa da anemia é a deficiência de ferro, que afeta 20 a 30% da população mundial, sendo a alteração hematológica mais comum.
A condição pode ser causada por vários fatores, incluindo deficiências nutricionais devido a dietas inadequadas ou baixa absorção de nutrientes, infecções, inflamação, doenças crônicas e questões ginecológicas e obstétricas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a anemia como um grave problema de saúde pública global. A OMS estima que 40% das crianças entre os 6 e os 59 meses de idade, 37% das mulheres grávidas e 30% das mulheres entre os 15 e os 49 anos de idade em todo o mundo são anêmicas.
Apneia
Um dos principais distúrbios do sono, reduz a oferta de oxigênio para o organismo ao restringir a passagem de ar pelas vias aéreas. Resultado: sonolência excessiva no dia seguinte.
Durante o sono, o corpo passa por um processo de restauração que é fundamental para funcionamento saudável do cérebro e da saúde física e mental.
A deficiência de sono pode trazer danos imediatos ou prolongados. Quem sofre de apneia frequentemente passa de um sono mais profundo para mais leve durante a noite. Isso significa que raramente permanecem tempo suficiente em estágios profundos e restauradores do sono.
Portanto, muitas vezes ficam cansados durante o dia. O problema pode apresentar alterações de humor e comportamento, além de aumentar o risco de acidentes.
Hipotireoidismo
Os hormônios da tireoide ditam o ritmo de trabalho das células de todo o corpo. Quando cai ou cessa a produção, o indivíduo padece de fadiga, desânimo e apatia.
O hipotireoidismo é causado, na maioria dos casos, pela Tireoidite de Hashimoto, geração de anticorpos que agridem a própria glândula, podendo também ser provocada pela falta ou pelo excesso de iodo na dieta.
O quadro precisa ser tratado ou pode levar à redução de desempenho físico e mental, além de alterações nos níveis de colesterol, com elevação das chances de problemas cardíacos.
Depressão
Mais do que cansaço, pessoas deprimidas relatam prostração. Em resumo, não sentem ânimo para fazer as refeições, sair de casa, ver amigos…
A depressão é um transtorno grave que interfere na vida diária dos indivíduos. As causas são multifatoriais, incluindo componentes genéticas, características biológicas, questões ambientais, psicológicas e sociais.
Cerca de 280 milhões de pessoas no mundo vivem com depressão, de acordo com a OMS. Quase 4% da população mundial é afetada, incluindo 5% de adultos e 5,7% de idosos.
Ela é considerada a principal causa de incapacidade e contribui significativamente para a carga global de doenças.
DPOC
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, mais conhecida pela sigla DPOC, forma um grupo de agravos respiratórios caracterizadas por obstruir as vias aéreas de maneira crônica.
Na lista podemos incluir a bronquite crônica, associada ao estreitamento das vias aéreas causado pela inflamação dos brônquios, e o enfisema pulmonar, que provoca danos irreversíveis nos alvéolos.
Na fase inicial, a doença ligada ao tabagismo tira o fôlego num sobe e desce de escada. Com os anos, porém, tomar banho em pé ou ficar muito tempo deitado na mesma posição exige esforço.
A DPOC apresenta uma alta taxa de complicações. Sem cura, a condição é tratável com medicamentos e reabilitação pulmonar.
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Fadiga crônica
De origem desconhecida e difícil diagnóstico, a síndrome, que afetaria 1,5% da população, traz repercussões físicas e cognitivas. Há quem fique de cama por causa dela.
Conhecida pelo cansaço intenso, ela tem o diagnóstico mais comum em mulheres, por volta dos 40 a 50 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia. E piora: a fadiga não melhora com o repouso.
Outros sintomas incluem problemas de memória, falta de concentração, dor de garganta, presença de gânglios dolorosos no pescoço ou nas axilas, dores musculares e nas articulações, sono insuficiente, irritabilidade e outras alterações de humor.
Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor o tratamento e o prognóstico.