Clique e Assine VEJA SAÚDE por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Zika pode ser transmitido pelo pernilongo

O vírus causador da micrcefalia em bebês não se espalha apenas pelo Aedes aegypti, segundo novo estudo. E isso pode impactar na sua vida

Por Sumaia Villela (Agência Brasil)
Atualizado em 14 fev 2020, 18h24 - Publicado em 11 ago 2017, 17h37
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O genoma do vírus Zika, coletado no organismo de mosquitos do gênero Culex, foi examinado por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco. Com o sequenciamento, foi descoberto que o vírus consegue alcançar a glândula salivar do animal, o que indicaria, segundo a instituição, que o pernilongo pode ser um dos transmissores da doença.

    Os mosquitos do gênero Culex foram colhidos na Região Metropolitana do Recife, já infectados. A equipe do Departamento de Entomologia da instituição conseguiu, então, comprovar em laboratório que o vírus se replica dentro do mosquito e chega até a glândula salivar.

    Acima disso, também foi notada a presença de partículas do vírus na saliva expelida do Culex. Ou seja, o inimigo é capaz de invadir o pernilongo, multiplicar-se, viajar até a glândula salivar dele e ser expelido para infectar outros seres vivos – inclusive a gente.

    O impacto da descoberta

    A ideia agora é analisar, entre outras coisas, a importância dessa transmissão. Em outras palavras, quão comum e fácil é para o zika se espalhar através do Culex. “Precisamos entender se ele é um vetor secundário, primário ou se não tem importância nenhuma na prática”, disse a pesquisadora Constância Ayres. “Isso vai depender de outros aspectos biológicos que são característicos dessa espécie, como a longevidade, a abundância em campo, a preferência de se alimentar com o ser humano”, completa.

    Continua após a publicidade

    Segundo ela, será necessário investigar tudo isso dentro do contexto urbano onde está a epidemia. E, claro, comparar essas características com a espécie que é hoje considerada o principal vetor – o Aedes aegypti.

    Caso o pernilongo seja estabelecido como vetor importante, esse fato pode explicar a ocorrência de mais casos na região Nordeste, por exemplo, ou a relação de áreas sem esgoto com a quantidade de infecções. “O mosquito representa nossa falta de estrutura de saneamento básico. Isso é evidente em toda a cidade e favorece a sua distribuição”, comentou.

    De população mais numerosa que o Aedes aegypti, o Culex poderia ser mais difícil de se controlar à primeira vista. Mas, para a pesquisadora, ocorre justamente o contrário. “A quantidade de criadouros do Aedes é infinita. Pode ser uma tampinha, um pneu, uma calha, piscina, caixa d’agua. E ele prefere água limpa. Mas o Culex gosta de água extremamente poluída, que são os canais, esgotos, fossa. Você consegue mapear e tratar”, afirma.

    Este texto compila duas reportagens da Agência Brasil.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 14,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.