Vitiligo exige cuidados extras em tempos de coronavírus
Esse quadro marcado pela despigmentação da pele tem forte elo com a saúde emocional, que ficou abalada por causa da pandemia
De olho na tensão causada pela crise do coronavírus, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) fez um alerta especial a quem convive com o vitiligo. Isso porque o estresse é capaz de agravar essa doença autoimune, caracterizada pela presença de manchas brancas na pele. “Em um momento como este, as marcas podem crescer e se espalhar mais ou até reaparecer”, conta a dermatologista Márcia Senra, coordenadora do Departamento de Psicodermatologia da entidade.
De acordo com a médica, os atendimentos por causa do vitiligo (e de outras situações ligadas a aspectos emocionais, como queda de cabelo) aumentaram durante a pandemia. É importante frisar que, embora não exista cura para o quadro, dá para tratá-lo. E, atualmente, isso pode ocorrer por meio de consulta online. “A sensação de ser cuidado já faz muito bem ao paciente”, avalia Márcia.
A pandemia como estopim
A SBD informa que o drama atual relacionado ao coronavírus pode até mesmo atuar como gatilho para o desenvolvimento do vitiligo em quem não apresentava sinais da doença. O principal sintoma é a tal mancha branca mesmo. Ela surge porque o próprio organismo passa a atacar os melanócitos, que são as células produtoras de melanina (o pigmento da nossa pele). “Mas, para cravar o diagnóstico, é preciso consultar o médico”, esclarece Márcia.