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O que é o útero retrovertido? É preciso fazer algum tratamento?

Variação anatômica do útero é, muitas vezes, assintomática. Mas a condição também pode causar dor e desconforto

Por Yasmmin Ferreira
26 jun 2024, 17h30
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Útero retrovertido não causa infertilidade por si só, mas a posição deve ser considerada quando se está buscando uma reprodução assistida (Freepik/Freepik)
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O útero retrovertido é uma anomalia comum no órgão, mas desconhecida de muitas mulheres. Trata-se de uma variação anatômica em que o útero se inclina para trás, em direção à coluna vertebral, em vez de se inclinar para a frente, como é mais comum.

A condição também pode ser chamada de útero invertido ou útero retrofletido.

Problemas envolvendo o útero são, sem dúvida, uma fonte significativa de preocupação para muitas mulheres. E não é pra menos, já que ele desempenha um papel fundamental na saúde reprodutiva e geral do corpo feminino.

A seguir, conheça mais sobre o quadro.

+Leia também: Zoom: dentro do útero, nosso primeiro ninho 

Possíveis causas do útero retrovertido

Estima-se que cerca de 15 a 25% das mulheres possuam útero retrovertido, uma condição que pode ser congênita (presente desde o nascimento, sem uma causa específica identificada) ou adquirida ao longo da vida.

Por exemplo, a endometriose, distúrbio em que o tecido semelhante ao revestimento uterino cresce fora do útero, pode afetar os ligamentos que sustentam o órgão, alterando sua posição. O mesmo acontece com os miomas.

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Além disso, cirurgias pélvicas, como procedimentos ginecológicos ou abdominais, têm potencial para deslocar o útero. Inflamações ou infecções na pelve, bem como a presença de tumores pélvicos ou uterinos, são outros fatores que podem contribuir para essa variação.

Durante a gravidez, inclusive, o útero também pode temporariamente se deslocar devido ao aumento de seu tamanho e às mudanças no espaço pélvico.

Quais os sintomas do útero retrovertido?

Muitas mulheres com útero retrovertido não apresentam sintomas e, frequentemente, a condição é descoberta apenas durante exames de rotina, em especial o ultrassom.

No entanto, algumas podem experimentar dor nas costas ou na pelve, especialmente durante as relações sexuais (dispareunia).

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Além disso, é possível ocorrer menstruação dolorosa (dismenorreia) e dificuldade para usar absorventes internos, que podem causar desconforto.

Outros problemas possíveis incluem dificuldades urinárias, como incontinência ou infecções frequentes devido à pressão sobre a bexiga, dor ao urinar (disúria) e evacuar (proctalgia).

Como tratar o útero retrovertido?

O tratamento para útero retrovertido depende da gravidade dos sintomas e da causa subjacente da condição. Para mulheres assintomáticas ou com sintomas leves, por exemplo, pode não ser preciso realizar nenhuma intervenção.

Quando a endometriose está associada ao útero retrovertido, a terapia hormonal pode ser recomendada. Além disso, a fisioterapia pélvica é frequentemente indicada para melhorar a força e a flexibilidade dos músculos da região, aliviando a dor e outros sintomas.

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Para casos graves ou persistentes, procedimentos cirúrgicos, como a laparoscopia, podem ser necessários para reposicionar o útero ou tratar causas relacionadas.

De qualquer forma, consultar um ginecologista é fundamental para obter um diagnóstico preciso e discutir as opções de tratamento, garantindo assim a manutenção da saúde e bem-estar.

Útero retrovertido causa infertilidade?

Não! Por si só, o útero retrovertido não causa infertilidade e não interfere na capacidade de engravidar, na fecundação ou na evolução saudável de uma gravidez. Além disso, não impede a realização de um parto normal.

No entanto, durante tratamentos de reprodução assistida, a posição do útero é considerada, pois mulheres com útero retrovertido têm maior probabilidade de apresentar condições como endometriose, uma causa significativa de infertilidade.

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Por isso, é fundamental a avaliação de ginecologistas e médicos especialistas em reprodução para identificar a presença de qualquer problema que dificulte uma gravidez.

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