Um método simples para detectar o Alzheimer
Novidade desenvolvida por cientistas brasileiros promete tornar o diagnóstico dessa demência mais rápido, preciso e acessível
Os desafios que envolvem o tratamento da doença de Alzheimer começam antes mesmo de ela dar as caras. Isso porque sua causa ainda é desconhecida e não há exames específicos para diferenciá-la de outras demências de maneira precoce.
A boa notícia é que pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos, no interior de São Paulo, estão desenvolvendo um teste para mudar essa história. Eles recrutaram 24 idosos, parte deles saudáveis e o restante com Alzheimer ou transtorno neurocognitivo leve. Aí, avaliaram o sangue dessa turma de olho em uma proteína chamada ADAM10.
Com base nos resultados, os especialistas notaram que só o grupo com déficits cognitivos apresentou taxas alteradas dessa molécula. Simples, rápido e de baixo custo – cerca de R$ 3 –, o método poderia substituir a tomografia e a ressonância magnética na hora do diagnóstico. No entanto, mesmo se tudo der certo, ele só deve chegar ao mercado nos próximos cinco ou dez anos. Até lá, outros exames serão feitos para comprovar o resultado da pesquisa e a eficiência do biomarcador. Dedos cruzados!