O câncer urotelial alto, que atinge o revestimento interno do rim, do ureter e da bexiga, é um tumor de difícil diagnóstico e tratamento. “Os sintomas só aparecem quando ele já está avançado, e aí é preciso retirar o rim”, explica o urologista Lucas Nogueira, pesquisador convidado do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, nos Estados Unidos.
Nogueira e colegas testaram uma abordagem inovadora contra a doença, a terapia fotodinâmica, que usa luz para matar o tumor. Os resultados dos primeiros estudos foram apresentados no último congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) focado em tumores geniturinários. Em 11 meses, 93% dos 14 indivíduos tratados mantiveram a função renal e em cerca de 90% deles o foco da doença não foi detectado depois de até duas sessões da terapia.
Os dados iniciais animaram tanto que o método entrou em um processo de aceleração da Food and Drug Administration Agency (FDA), agência que regula o setor farmacêutico nos Estados Unidos, pulando da fase 1 para a fase 3, a última antes da aprovação. Veja como funciona:
Simples e com poucos efeitos colaterais, a estratégia também está sendo testada contra nódulos malignos na próstata, nos pulmões e no pâncreas.