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Tecnologias à beira do leito ajudam a salvar vidas nas UTIs

Sistemas de monitoramento inteligente acompanham pacientes 24 horas e alertam quando há sinais de risco

Por Goretti Tenorio
Atualizado em 16 jul 2024, 11h11 - Publicado em 16 jul 2024, 10h13
Foto de UTI com médicos atuando
UTIs são espaços críticos, onde o monitoramento em tempo real faz toda a diferença (Foto: Natanael Mechor/Unsplash/Divulgação)
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A combinação de coleta de dados com análise de inteligência artificial facilita processos hospitalares e garante mais agilidade nos cuidados de saúde, sobretudo nos casos graves, que exigem internação em unidades de terapia intensiva (UTIs).

Algoritmos desenvolvidos e afinados com aprendizado de máquina são usados para emitir alertas às equipes médicas, possibilitando intervenções mais rápidas e efetivas.

Uma experiência nesse sentido vem sendo aperfeiçoada no Instituto do Coração (InCor), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/FMUSP). A UTI respiratória da instituição usa parâmetros de oxigenação, frequência cardíaca e respiratória, além de dados de ventilação mecânica para antecipar complicações e orientar condutas para evitar desfechos negativos.

O monitoramento em tempo real à beira do leito do InCor faz parte de um projeto mais amplo do complexo hospitalar, a UTI Conectada, que envolve outros setores, incluindo moléstias infecciosas e emergências clínicas.

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Evitando sepse e sequelas neurológicas

Em funcionamento desde 2016, uma plataforma de inteligência artificial batizada de robô Laura, desenvolvida pelo Instituto Laura Fressatto, de Curitiba (PR), indica quando há risco de o quadro de um paciente na UTI evoluir para uma sepse, com infecção e inflamação generalizadas.

O robô está conectado ao prontuário eletrônico de cada indivíduo, com acesso contínuo a informações como sinais vitais e resultados de exames. Diante de qualquer mudança de padrão, a máquina emite sinais, facilitando invertenções para melhorar o prognóstico do paciente.

Premiada em 2019, a inovação está presente em dezenas de hospitais Brasil afora. E, de acordo com seus criadores, é responsável por redução de até 90% no tempo de resposta para deterioração clínica e de até 25% na taxa de mortalidade geral.

Já um dos vencedores do Prêmio VEJA SAÚDE Oncoclínicas de Inovação Médica em 2023 desenvolveu um ecossistema para prevenir sequelas neurológicas em recém-nascidos de risco. A solução concebida pela PBSF (Protegendo Cérebros e Salvando Futuros, na sigla em inglês) é uma rede de monitoramento cerebral que envolve coleta, transmissão e análise de dados.

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A inteligência artificial do mecanismo leva em conta indicadores como frequência cardíaca, saturação de oxigênio e dados do eletroencefalograma a fim de antecipar o risco de crises epilépticas, piora clínica e lesão cerebral. A interpretação é feita à distância por equipe especializada, que dá aos profissionais à beira do leito o suporte necessário para intervir o quanto antes.

Projetos que utilizam a inteligência artificial para transformar digitalmente o setor da saúde estão sob análise dos jurados da edição de 2024 do Prêmio VEJA SAÚDE Oncoclínicas de Inovação Médica, que se encerrará em setembro, quando serão anunciados os vencedores. Acompanhe as novidades por aqui.

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