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Secnidazol: o que é e para que serve esse medicamento

Entenda em quais situações é comum recorrer a esse remédio, que ataca parasitas e bactérias. Conheça ainda possíveis efeitos colaterais e cuidados ao usá-lo

Por Fabiana Schiavon
Atualizado em 6 abr 2023, 17h49 - Publicado em 6 abr 2023, 17h46
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  • O secnidazol é um medicamento que combate parasitas e bactérias que afetam diversos locais do corpo.

    Para que serve o secnidazol?

    A ginecologia utiliza esse remédio no tratamento da tricomoníase, causada pelo parasita Trichomonas vaginalis. A doença, marcada por um corrimento de odor desagradável, pode ser confundida com a candidíase, que é resolvida com outra medicação.

    O secnidazol também combate doenças causadas por protozoários que agem no trato gastrointestinal, como a amebíase ou ameba intestinal (entamoeba histolytica) e a giardíase (giardia lamblia).

    Outra bactéria que ataca a região e é tratada pela fórmula é a B. fragilis. Ela vive geralmente de maneira inofensiva no intestino, mas pode se replicar e causar uma infecção.

    Secnidazol é o princípio ativo do medicamento que pode ser encontrado sob os nomes comerciais Secnidal, Secnimax ou Unigyn.

    + Leia também: O que é o metronizadol e para que serve esse medicamento

    Como esse medicamento age?

    A substância encontra o micróbio, invade sua célula e destrói seu DNA, o código genético, impedindo que o parasita ou bactéria continue se proliferando no organismo.

    Como tomar o secnidazol?

    Em geral, a recomendação é tomar uma dose única de 2 g para adultos, e 30 mg/kg em crianças.

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    Como existem doses de 500 mg e 1 000 mg, o número de comprimidos pode mudar, então o correto é seguir a indicação do médico. O profissional faz uma avaliação do estado geral do paciente para definir as doses.

    Em caso de tricomoníase, que é uma infecção sexualmente transmissível (IST), o parceiro da mulher infectada também precisa fazer o tratamento para impedir novos contágios.

    + Leia também: Albendazol: para que serve e como tomar

    Além das pílulas, o secnidazol também é vendido em solução, para crianças, e em forma de cremes vaginais.

    Como creme vaginal, ele pode vir combinado a outros fármacos. “Ele é associado a antibióticos ou antifúngicos, principalmente quando há dúvida sobre o agente a atacar”, afirma Liliane Sato, ginecologista do Hospital Santa Catarina – Paulista.

    Quanto tempo dura o tratamento?

    Depende do problema que o indivíduo enfrenta.

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    “A dose única pode ser possível em alguns tratamentos, mas, em caso de infecção hepática, por exemplo, o tratamento pode durar até sete dias”, afirma a farmacêutica Natasha Mayer, de Manaus.

    Quais são as reações adversas mais comuns?

    Náusea, vômito, dor de estômago, alterações de paladar e pequenas inflamações no trato digestivo são as reações mais comuns.

    “A maioria das pessoas reclama da sensação de náusea, que pode chegar a casuar vômito. O paladar fica com um gosto meio metálico e há certo desconforto abdominal”, relata a ginecologista.

    Efeitos mais graves, como formigamento e reações alérgicas, são motivos para buscar atendimento médico.

    Qual o risco de interação medicamentosa? Pode tomar álcool?

    O secnidazol não deve ser administrado em conjunto com um medicamento chamado dissulfiram, que tem como principal função combater o alcoolismo.

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    “Juntos, eles podem causar alucinações, delírios ou surtos psicóticos”, explica Natasha.

    Ingerir esse remédio com bebidas alcoólicas também traz riscos, alerta a farmacêutica. “É preciso ficar quatro dias sem beber após a ingestão do secnidazol”, informa Natasha.

    Esse remédio pode ser tomado por todas as pessoas, de todas as idades?

    Não há contraindicação específica para faixas etárias, mas há riscos com a automedicação em qualquer situação.

    “É preciso fazer a identificação correta e orientação da dose adequada”, reforça Natasha.

    Portanto, é necessário procurar o médico antes de iniciar o tratamento.

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    Por que mulheres grávidas não podem tomar esse medicamento?

    Não é recomendado utilizar o medicamento nos três primeiros meses da gestação.

    “Deve-se evitá-lo ao longo da gravidez e da amamentação, pois sabe-se que a substância é capaz de ultrapassar a barreira placentária e também chegar ao leite materno, prejudicando o bebê”, diz Liliane.

    É preciso ter cuidado redobrado e acompanhamento médico.

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