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Oropouche: São Paulo confirma casos autóctones da febre

Todos os pacientes se recuperaram, mas confirmação aumenta para 21 o número de estados brasileiros que já têm doença circulando localmente

Por Maurício Brum
7 ago 2024, 13h35
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Oropouche pode ser transmitida por diferentes mosquitos, inclusive o pernilongo comum (jcomp/Freepik)
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São Paulo confirmou 5 casos autóctones de febre oropouche em seu território. Ao todo, já são 21 estados brasileiros com infecções locais, que não foram trazidas de outras partes do país.

A febre oropouche, antes restrita à região amazônica, vem se espalhando rapidamente pelo Brasil ao longo de 2024. Causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), ela tem tem várias espécies de mosquitos como vetores, inclusive o pernilongo comum.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta sobre a doença no início de agosto, destacando que o Brasil concentra, hoje, mais de 90% dos casos conhecidos nas Américas.

Entre outras complicações possíveis, o oropouche vem sendo associado a casos suspeitos de microcefalia em bebês, e já foi confirmado um óbito fetal relacionado à doença.

+Leia também: O que é a febre do oropouche, que deixa Ministério da Saúde em alerta

O que é um caso autóctone

Um caso de uma doença é considerado autóctone quando o paciente adquire o problema de saúde no próprio local de residência.

O termo é utilizado para diferenciar dos casos importados, quando a pessoa contraiu o oropouche em um local diferente daquele onde ocorreu o diagnóstico — geralmente, voltando de uma viagem em uma zona endêmica.

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Epidemiologistas vinham alertando para o risco da febre oropouche se estabelecer como uma doença de abrangência nacional, algo já visto antes com outras arboviroses, como a dengue.

A expansão de casos autóctones pelo país reforça a probabilidade de a doença se tornar uma constante fora das áreas historicamente endêmicas, aumentando a necessidade de prevenção em todas as regiões do Brasil.

+Leia também: Com mudanças climáticas, doenças causadas por mosquitos avançam pelo mundo

Como prevenir o oropouche?

Não há vacina contra o oropouche, então as medidas de prevenção por enquanto passam por se proteger contra os vetores. Medidas para evitar a proliferação de mosquitos, como garantir a limpeza de áreas onde eles podem se reproduzir, seguem sendo válidas.

Para os insetos que já estão no ar, o uso de repelentes e mosquiteiros é recomendado, bem como evitar frequentar áreas onde há excesso de mosquitos. Grávidas devem ter atenção redobrada, em função dos riscos de complicações gestacionais ligados à doença.

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E o tratamento?

Caso você tenha sido picado por um mosquito e comece a apresentar sintomas como febre e mal-estar, busque orientação médica. Os sintomas se confundem com outros problemas de saúde, então é preciso realizar testes para confirmar o quadro e diferenciá-lo, por exemplo, de um caso de dengue.

Também não existe tratamento específico, por isso, uma vez confirmada a doença, o objetivo é aliviar os sintomas e evitar complicações. A maioria dos pacientes se recupera sem problemas, mas é preciso atenção à hidratação enquanto o vírus segue agindo.

Pessoas já debilitadas ou imunocomprometidas têm risco maior de agravamentos potencialmente fatais — recentemente, o Brasil confirmou as primeiras mortes associadas ao oropouche na literatura médica.

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