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Remédio para obesidade ajuda a brecar o comer emocional

Novos medicamentos, com mecanismos diferentes de ação, estão ampliando o arsenal de opções para pessoas que precisam perder muito peso

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 3 Maio 2023, 17h46 - Publicado em 27 abr 2023, 12h16
medicamentos-obesidade
Remédios estão mudando o tratamento da obesidade, mas não fazem o trabalho sozinhos. (Hiroshi Watanabe - Getty Images/SAÚDE é Vital)
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A Merck lançou oficialmente no Brasil um comprimido que combina dois princípios ativos, o Contrave (naltrexona e bupropiona) para tratar a obesidade.

O remédio é indicado a pessoas com IMC acima de 30 ou com mais de 27 e presença de comorbidades (diabetes, pressão alta…), sobretudo se sofrerem com o chamado “comer emocional”.

Ele se traduz em episódios recorrentes de craving, termo em inglês que designa um desejo incontrolável de ingerir algo específico, como doces ou petiscos.

“Quando comemos, os níveis do neurotransmissor dopamina sobem, e há uma ativação do sistema de recompensa do cérebro. O medicamento atua nesse processo, regulando a ‘fome cerebral’ e outros aspectos ligados à perda de controle ao comer”, conta o endocrinologista João Eduardo Salles, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Nos estudos, o fármaco promoveu redução de peso de 11% em um ano.

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Em ação

Entenda a atuação do comprimido da farmacêutica Merck: 

  • Centro da fome: A droga atua no hipotálamo e em outras áreas do cérebro ligadas ao apetite e ao prazer.
  • Mais saciedade: Os dois princípios ativos, bupropiona e naltrexona, reduzem a sensação de fome e o desejo de comer.

Expansão de opções antiobesidade na farmácia

O tratamento medicamentoso da obesidade tem se modernizado bastante.

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Recentemente, foi aprovado no país o Wegovy (semaglutida), da Novo Nordisk, fármaco injetável que reduz o peso corporal em até 17%, resultado jamais alcançado por remédios.

E se vislumbra a chegada de outro medicamento parecido com esse, de ação ainda mais potente — a tirzepatida, da Lilly.

+ Leia também: Obesidade: novos remédios, velhos dilemas

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“Assim como acontece com hipertensão e diabetes, penso que, com a obesidade, também teremos tratamentos com mais de um medicamento, atuando em diferentes mecanismos de ação, de acordo com o perfil do paciente”, comenta o endocrinologista João Salles.

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