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Radar da saúde: novas vacinas contra dengue estão chegando ao país

Governo aprova imunizante para o problema de saúde pública e versão nacional avança em estudos. Acompanhe os destaques do radar de VEJA SAÚDE

Por Diogo Sponchiato (texto), Ana Clara Moscatelli (ilustração)
19 abr 2023, 12h47
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Dengue vive momento alarmante no país (Ilustração: Ana Clara Moscatelli/SAÚDE é Vital)
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A dengue é uma doença endêmica que superou 1,4 milhão de casos notificados no Brasil só em 2022 — um número que provavelmente é ainda maior.

Até já existe vacina para a infecção transmitida pelo mosquito Aedes aegypti no mercado, mas ela só é indicada a pessoas que já contraíram a enfermidade e não foi incorporada à rede pública.

A história pode mudar com a liberação de um novo produto, o QDenga, da farmacêutica Takeda. Ele cobre os quatro tipos de vírus da dengue circulantes e não tem a limitação do imunizante anterior — a perspectiva é que chegue ao braço dos brasileiros no segundo semestre de 2023.

+ Leia também: Dengue em alerta máximo

E outra opção já está no horizonte: a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan (SP), que também visa à proteção contra os quatro subtipos virais e demonstrou bons resultados nas pesquisas até agora. A expectativa é que os estudos com ela sejam finalizados em 2024.

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(Ilustração: Ana Clara Moscatelli/SAÚDE é Vital)
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Passado: 20 anos do primeiro aval para uma terapia gênica

A China inaugurou o uso comercial desse método que, por meio de uma alteração genética específica, permite controlar ou curar algumas doenças causadas por falhas no DNA.

O país aprovou na ocasião uma terapia para um tipo de câncer de cabeça e pescoço — o gene que corrige o defeito e ajuda a tratar a doença é introduzido por meio de um vetor viral (um vírus inofensivo).

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(Ilustração: Ana Clara Moscatelli/SAÚDE é Vital)

Futuro: dilemas da edição genética em embriões

Foi também na China que ocorreu o polêmico episódio do nascimento dos primeiros bebês geneticamente modificados.

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Um cientista anunciou ter feito uma edição no DNA de embriões para serem resistentes ao vírus HIV — e acabou condenado pelo governo.

Agora, pesquisadores se reúnem em Londres para debater os limites éticos de uma técnica que já está sendo usada.

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(Ilustração: Ana Clara Moscatelli/SAÚDE é Vital)

Um lugar: Ucrânia: saúde pública é vítima da guerra

Um editorial do respeitado periódico médico The Lancet chama a atenção para os reflexos de um ano da invasão russa: fora os milhares de mortes entre soldados e civis e os milhões de refugiados, 1 035 instalações como hospitais sofreram danos durante os ataques e, como consequência, serviços de atendimento médico e vacinação entraram em estado crítico.

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(Ilustração: Ana Clara Moscatelli/SAÚDE é Vital)

Um dado: 92% dos casos de hanseníase nas Américas estão no Brasil

Ocupamos o segundo lugar entre as nações com o maior número de vítimas dessa doença que, se não for tratada, causa lesões e deformações pelo corpo — o ranking mundial é liderado pela Índia.

+ Leia também: Por que a hanseníase persiste como problema de saúde pública no país?

Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, quase 15 mil novos casos da infecção ocorreram em 2022, e um terço dos acometidos já apresentava algum grau de incapacidade física.

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James-Bridle
(Ilustração: Ana Clara Moscatelli/SAÚDE é Vital)

Uma frase: James Bridle

“Nossa própria sobrevivência depende da capacidade de estabelecer um novo pacto com o mundo mais que humano, no qual a inteligência, a essência inata, de todas as coisas — animais, vegetais, máquinas — sejam vistos não como outras insinuações da nossa superioridade, e sim como indícios de nossa total interdependência e um chamado urgente para sermos mais humildes e atenciosos.”

James Bridle, escritor e pensador inglês, no novo livro Maneiras de Ser (Todavia)   

Maneiras de ser: Animais, plantas, máquinas: a busca por uma inteligência planetária

 

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