Calcula-se que uma em cada duas mortes entre pessoas com diabetes no mundo seja atribuída às doenças cardiovasculares. O problema da sobrecarga de glicose na circulação é que ela gera um processo inflamatório nada favorável aos vasos. A inflamação é um dos requisitos básicos para o surgimento das já citadas placas por trás do entupimento das artérias.
Além disso, a resistência à insulina típica do diabetes tipo 2 — quando o hormônio não consegue fazer a glicose ser aproveitada pelas células — atrapalha a dilatação dos vasos, incitando um aumento da pressão. Tudo isso ajuda a entender por que a doença é capaz de danificar as artérias do coração.
Para prevenir desfechos piores, o plano de ação inclui rever os hábitos alimentares, movimentar o corpo e aderir às prescrições do médico. O melhor é que boa parte desses ajustes se reverte não apenas em um melhor domínio sobre os níveis de glicose.
Eles ajudam a contra-atacar outros fatores de risco cardiovascular que andam de mãos dadas com o diabetes, caso do excesso de peso e da pressão alta. A sintonia com as orientações do consultório e o empenho para aderir a comportamentos saudáveis compensam para o músculo cardíaco.