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Qual é a forma correta de lavar o nariz?

A limpeza diária é a melhor maneira de desentupir o nariz e controlar a rinite. Aprenda como realizar essa faxina para, enfim, respirar bem

Por André Biernath
Atualizado em 28 abr 2020, 18h11 - Publicado em 14 set 2019, 10h35
como limpar o nariz com soro
São inúmeros os fatores que podem travar o entra e sai de ar.  (Ilustração: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)
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Frio, pólen, poeira, pelos de animais… Existem diversos fatores que podem irritar as paredes internas do nariz. Essa região fica sensível especialmente nos indivíduos com rinite alérgica. Neles, o menor contato com alguns compostos já provoca um quadro de inflamação, marcado por inchaço das mucosas e a produção excessiva de catarro. Como lavar o nariz? A gente conta abaixo:

1. O preparo

O produto ideal para fazer a lavagem nasal é o soro fisiológico comum, disponível em qualquer farmácia. Ao comprar um frasco maior, guarde-o na geladeira para preservar o conteúdo e retire o líquido uns minutos antes para que ele não fique tão gelado. Se preferir, existem opções específicas para essa finalidade.

2. A ação

O melhor cômodo para fazer esse processo é o banheiro. Posicione-se em frente ao espelho. Depois, aponte o nariz na direção do ralo da pia, com a cabeça levemente inclinada para a frente e a boca aberta. Com uma seringa sem agulha, pegue de 10 a 20 mililitros de soro fisiológico e aplique em cada uma das narinas.

3. O efeito

Ao entrar pelas cavidades, o líquido ajuda a eliminar impurezas, especialmente o excesso de muco que está acumulado por ali. Isso já amplia o espaço e permite que o oxigênio e o gás carbônico transitem melhor.

Em longo prazo, a prática ainda reduz a inflamação e o inchaço.

4. A periodicidade

No final, use um lenço para tirar o excesso de umidade. O indicado é realizar o procedimento ao menos duas vezes ao dia, ao acordar e antes de dormir — no inverno e na primavera, mais limpezas podem ser necessárias.

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Converse com seu médico para saber se existem outras recomendações destinadas a você.

Os principais gatilhos de uma crise alérgica

Pólen: os grãos pequeninos produzidos pelas plantas são um tormento para quem tem rinite. O jeito é evitar praças e parques na primavera.

Ácaro: esse aracnídeo microscópico vive em vários tecidos. Lavar a roupa de cama e botar colchão e travesseiro no sol são boas atitudes.

Mofo: os fungos adoram locais quentes e escuros, como o fundo de armários e gavetas. De vez em quando, passe um pano úmido e deixe secar.

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Não confunda os produtos

Muito cuidado com aqueles remédios que prometem desobstruir a respiração num zás-trás. Diferentemente do soro fisiológico, que é basicamente água e sal, esses fármacos carregam substâncias que contraem os vasos sanguíneos.

Eles até funcionam em curto prazo, mas o uso crônico leva à dependência e pode trazer prejuízos ao coração. Nunca compre esses medicamentos sem a orientação de um profissional de saúde.

Fontes: Maria Cândida Rizzo, coordenadora do Departamento Científico de Rinite da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai); Cícero Matsuyama, otorrinolaringologista do Hospital Cema (SP)

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