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Qual é a diferença entre epidemia, pandemia e endemia?

Entenda os termos que ganharam as manchetes e saiba em que pé estamos com o coronavírus. Ele até vai virar endêmico, mas ainda não dá para cravar quando

Por Chloé Pinheiro
18 mar 2022, 14h23
fim da pandemia
Os termos são parecidos, mas têm significados bem diferentes. (Ilustrações: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)
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EPIDEMIA

O que é?

É o aumento repentino de casos de uma doença infecciosa (provocada, em geral, por vírus ou bactérias) em uma região por um período sustentado de tempo — semanas ou meses.

O que causa?

Pode ser causada por um agente novo, caso do coronavírus, ou por um pico incomum de casos de algo que já existe, como a epidemia de gripe do vírus H3N2 que ocorreu em dezembro e janeiro.

Quando começa?

Os especialistas analisam a série histórica da doença. Na da gripe, por exemplo, é esperado que os casos subam no outono e no inverno. Se aumentarem demais ou fora de hora, o alerta é ligado.

Quando termina?

A epidemia acaba quando a situação volta ao patamar de antes. A doença pode desaparecer, se tornar endêmica ou, ainda, viajar para outros
países e se tornar uma pandemia.

Como lidar com uma epidemia?

  1. Vigilância: é preciso manter uma rede forte de monitoramento de casos e óbitos.
  2. Preparação: o sistema de saúde deve se adequar com mais leitos, equipamentos e pessoal.
  3. Restrições: pode ser necessário fechar escolas ou cancelar grandes eventos por um tempo.

Epidemias famosas (Brasil)
Gripe – 2021/2022
Meningite – anos 1970
Febre amarela – 1850

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PANDEMIA

O que é?

A pandemia nada mais é do que epidemias da mesma doença acontecendo em vários países de diferentes continentes e de maneira simultânea. No caso da Covid-19, praticamente todos foram atingidos.

Quando começa?

Geralmente, o estado de pandemia é decretado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que centraliza os dados. Só que isso é mais um alerta do que uma lei em si — não obriga um país a nada.

Nessa situação, o patógeno está se disseminando rapidamente. O principal indicador, portanto, são as novas infecções. É preciso tomar ações para quebrar a cadeia de transmissão.

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Quando termina?

A pandemia acaba também por decreto da OMS, quando ela entende que o número de casos voltou ao patamar histórico (em doenças preexistentes) ou se estabilizou em um nível mais “aceitável”.

Como lidar com uma pandemia?

  1. Agilidade na vacinação: Imunizantes distribuídos com rapidez fazem a diferença para reduzir casos.
  2. Barreiras sanitárias: Diminuição de voos, testagem em aeroportos, redução de circulação…
  3. Testagem em massa: os exames são cruciais para entender o comportamento do vírus.

Pandemias famosas
Gripe – 2009
Gripe – 1918
Peste bubônica – século 12

ilustra
(Ilustrações: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)

+ Leia também: HIV: a pandemia sem fim

ENDEMIA

O que é?

Uma doença endêmica é aquela que circula o ano todo em um país, com volume esperado de casos e óbitos. Não é um quadro necessariamente “tranquilo”, mas indica certo controle do agente infeccioso.

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Quando começa?

É possível que existam pequenas variações sazonais, como ocorre com a gripe no inverno ou a dengue na estação das chuvas. Isso é esperado e também calculado pelos especialistas.

Quando termina?

O estado de endemia não é fixo. A doença pode ser erradicada ou dar início a uma nova epidemia, caso surja uma variante ou um fator que favoreça a disseminação do vírus ou bactéria em questão.

E endêmico não quer dizer menos importante. É preciso manter ações de cuidado e de preferência reduzir ainda mais os casos. Doenças endêmicas matam milhares de pessoas ao ano no país.

Como lidar com uma endemia?

  1. Dar prioridade: governos devem tentar reduzir ainda mais os episódios até zerá-los.
  2. Sensibilização geral: orientar a população e combater vetores fazem parte do plano.
  3. Vigilância contínua: testagem e notificação de casos devem ser mantidas para antever surtos.

Endemias famosas no Brasil
Dengue
Tuberculose
Doença de Chagas

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A Covid-19 se tornará endêmica?

A endemia é o caminho natural de quase todos os vírus respiratórios que já entraram em contato com a humanidade (com exceção dos que sumiram). Mas ainda não estamos tão perto disso quanto gostaríamos.

Veja: o parâmetro clássico é uma doença que manejamos bem e cujo volume de casos prevemos com precisão, sem sobrecargas no sistema de saúde.

É verdade que, com as vacinas, controlamos melhor a Covid, mas basta ver a bagunça provocada pela Ômicron (e o fato de não sabermos se ou quando virá a próxima variante) para sacar que há muitas dúvidas no ar.

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+ Leia também: Covid-19 e dengue em alta no mesmo lugar: atenção redobrada

E o que é um surto?

É uma situação que lembra a epidemia, mas em escala menor. O termo representa o aumento súbito de casos de uma doença, mas em um local muito específico, como um bairro, cidade ou mesmo escola.

Um caso famoso é o surto de toxoplasmose, doença transmitida por alimentos e água contaminados, que aconteceu na capital paulista em 2019.

+ Leia também: Risco de surto: sarampo é altamente transmissível e não tem tratamento

Temos outra pandemia acontecendo?

Além da Covid-19, alguns epidemiologistas sustentam que o mundo ainda vive outra pandemia, a de HIV. Isso porque, 40 anos depois, o vírus segue disseminado em todo o mundo, sem que haja uma vacina contra ele.

Mais de 37 milhões de pessoas morreram desde os anos 1980. A OMS chama de “epidemia global”.

 

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