Clique e Assine VEJA SAÚDE por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Próstata inchada: entenda o problema, sintomas, causas e tratamentos

A hiperplasia benigna da próstata é uma condição comum entre homens acima dos 50 anos e pode causar prejuízos ao aparelho urinário

Por Larissa Beani
Atualizado em 11 ago 2023, 16h38 - Publicado em 11 ago 2023, 15h33
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Dificuldade para urinar, idas frequentes ao banheiro durante a noite e sensação de que a bexiga não esvazia. Entre homens acima dos 50 anos, estes são alguns sinais de que a próstata pode estar aumentando de tamanho.

    Popularmente chamada de “próstata inchada” ou “próstata aumentada”, a condição é conhecida pelos médicos como hiperplasia benigna da próstata.

    Este é um problema bastante frequente na população masculinaAos 50 anos, metade deles pode apresentar o problema. A partir dos 70, a prevalência chega aos 90%.

    + Leia mais: Por que os homens têm dificuldade para urinar com o passar do tempo?

    A seguir, entenda mais sobre a condição e conheça seus principais sintomas e tratamentos.

    O que é a hiperplasia benigna da próstata?

    É o aumento do tamanho da próstata a partir do crescimento do número de células na glândula.

    A próstata é a glândula masculina responsável por produzir o líquido que compõe o sêmen e ajuda a nutrir os espermatozoides. Em geral, tem dimensões semelhantes a uma noz e pesa de 20 a 30 gramas. Mas, quando o problema surge, a estrutura pode atingir o tamanho de uma bola de tênis.

    Localizada em frente ao reto e embaixo da bexiga,ela envolve a uretra. Isso explica por que o exame de toque retal é usado para averiguar suas condições e também por que o aparelho urinário é o que sofre mais com a hiperplasia.

    Continua após a publicidade
    prostata-onde-fica
    (VEJA SAÚDE/SAÚDE é Vital)

     

    É bom ressaltar que a hiperplasia não predispõe ou protege o indivíduo de desenvolver este câncer.

    “A condição é benigna, ou seja, não há relação entre ela e o câncer de próstata“, afirma Carlo Passerotti, coordenador do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

    Os especialistas indicam fazer exames regulares a fim de diagnosticar precocemente qualquer uma das condições e diferenciá-las. Até porque a hiperplasia causa seus próprios incômodos.

    + Leia mais: O que é a próstata e para que ela serve?

    Sintomas da próstata inchada

    Nem sempre o inchaço da próstata traz problemas ou sintomas. Quando acontecem, eles envolvem principalmente alterações no fluxo da urina. Isso porque, quando aumenta de tamanho, a glândula comprime a uretra e a bexiga, dificultando a passagem do líquido.

    Continua após a publicidade

    Assim, os homens acometidos podem ter problemas para começar a urinar ou ainda sentir que a bexiga continua cheia pois, de fato, está.

    Como não é possível eliminar o xixi todo de uma vez, as idas ao banheiro se tornam cada vez mais frequentes, principalmente à noite.

    Em casos mais graves, a hiperplasia benigna da próstata pode provocar complicações.

    A pressão da próstata sobre o aparelho urinário pode provocar obstrução e retenção do xixi, sobrecarga aos rins, infecção e incontinência urinária, rompimento de vasos da uretra (com o aparecimento de sangue na micção) e dores no abdômen inferior.

    Fatores de risco

    As causas da hiperplasia benigna da próstata são desconhecidas, mas sabe-se que o envelhecimento é um fator importante para o seu aparecimento.

    Continua após a publicidade

    + Leia também: Homens vão seis vezes menos ao urologista do que mulheres ao ginecologista

    A ciência aponta que as alterações hormonais desta fase podem estar relacionadas com o aumento da glândula.

    A partir dos 30 anos, os níveis de testosterona apresentam um declínio de 1% ao ano, e essa queda se acentua ao envelhecer. Assim, a prevalência cresce conforme a idade avança.

    Diagnóstico

    O diagnóstico da próstata aumentada é feito a partir do relato dos sintomas e por exames físicos e de imagem.

    No exame de toque retal, o médico consegue tatear a próstata e encontrar possíveis alterações na forma e na consistência da glândula.

    É um procedimento rápido, feito em poucos segundos, e que pode também ser útil na detecção do câncer de próstata, que atinge cerca de 65 mil brasileiros todos os anos.

    Continua após a publicidade

    Já recursos como a ultrassonografia e a ressonância magnética dão mais detalhes sobre o estado da glândula, informando suas exatas proporções e indicando a natureza das alterações. Em alguns casos, pode ser feita a biópsia do tecido aumentado.

    O médico também pode indicar a realização de exames de sangue para averiguar a taxa de antígeno prostático específico (PSA).

    Essa enzima pode estar alterada por vários motivos, como a prostatite (inflamação na glândula), a própria hiperplasia benigna da próstata e o câncer de próstata.

    Por isso, resultados suspeitos neste teste devem sempre ser interpretadas com auxílio de outras provas e dados do histórico médico do paciente. 

    Tratamentos

    O tratamento clínico inicial é feito com o uso de medicamentos.

    Continua após a publicidade

    “A principal classe utilizada é a de bloqueadores alfa-adrenérgicos”, cita Luis Rios, diretor do Serviço de Urologia do Hospital Público do Servidor Estadual. “Eles aliviam a contração dos músculos da próstata e ajuda a reduzir ou estabilizar seu tamanho.”

    Diferentemente do que se propaga por aí, eles não necessariamente interferem na libido ou no desempenho sexual. Alternativas naturais, como fitoterápicos e suplementos, são vendidas na internet, mas as evidências científicas de eficácia deles são fracas.

    + Leia também: Quais são os principais tipos de cirurgia para próstata?

    Caso o paciente não responda às abordagens iniciais, são recomendados procedimentos cirúrgicos.

    A cirurgia mais comum é a de ressecção transuretral da próstata, que remove o tecido interno da glândula. Em raros casos, é feita a prostatectomia, ou seja, a retirada completa do órgão.

    Abordagens cirúrgicas, no entanto, podem causar complicações como incontinência urinária e disfunção erétil.

    Felizmente, técnicas novas e mais seguras já estão chegando às redes de saúde pública e privada do país. É o caso das cirurgias robóticas e de uma nova técnica, chamada Rezum, que corrige o problema ao vaporizar a próstata e promove uma rápida recuperação dos pacientes.

    Compartilhe essa matéria via:
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 14,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.