Clique e Assine VEJA SAÚDE por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Precisamos evoluir para lidar com a obesidade

Edição de fevereiro de VEJA SAÚDE discute novas soluções e velhos desafios diante de um problema global e complexo

Por Diogo Sponchiato
17 fev 2023, 14h25
foto de fitas métricas em formato de jogo da velha com remédios no meio
Remédios mais potentes contra a obesidade chegam ao mercado, mas preconceito ainda é barreira para o tratamento. (Foto: Bruno Marçal/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

Desajuste evolutivo. É assim que alguns cientistas e teóricos interpretam o descompasso entre a evolução biológica e a evolução cultural, que responde por uma legião de problemas de saúde da nossa era.

Resumindo a aula de professores como Daniel Lieberman, da Universidade Harvard (EUA), a sociedade e os hábitos do Homo sapiens se transformaram rápido demais à luz do relógio darwiniano, num ritmo intenso e vertiginoso que o corpo humano, desenhado para um mundo com pouca oferta de comida e muito trabalho para consegui-la, não acompanhou.

Herdamos um organismo que gosta de economizar energia. E que, por isso, hoje curte ficar no sofá, empunhando um celular e devorando guloseimas.

Em escala industrial, as mudanças tecnológicas e comportamentais moldaram um planeta que conspira há algumas décadas para o homem engordar. Culpa de quem? Vai saber, e essa é uma pergunta irrelevante.

O que interessa é entender como podemos minimizar esse tal desajuste que cobra seu preço na moeda da saúde. Não é de hoje que se fala numa pandemia de obesidade.

Continua após a publicidade

Apesar dos avanços na conscientização e na mobilização a respeito, que englobam governos, centros de pesquisas, empresas e organizações civis, o mundo continua cada vez mais pesado. E, cruel, ainda pode culpar o cidadão acima do peso pelo seu estado fora do padrão estético e de conveniência social.

+ LEIA TAMBÉM: A nova ciência da felicidade

O duro é que a obesidade, encarada como problema crônico de saúde, encurta a qualidade e a expectativa de vida desses milhões de pessoas cujo corpo, por diversas razões, passou a estocar gordura em excesso.

Sim, eis um dos capítulos mais complexos da história da nossa espécie. Não só pela dificuldade de romper o desajuste evolutivo dentro de um sistema que, inadvertidamente, se empenhou para financiá-lo, mas também pelos estigmas e preconceitos, muitas vezes inconscientes, que rondam quem convive com a obesidade.

Continua após a publicidade

Felizmente, a sociedade está acordando e cobrando uma nova postura para encarar, com a devida ciência e respeito, o excesso de peso.

Especialistas passaram a adotar novas formas de analisar e classificar a condição — mais sensíveis e alinhadas aos estudos —, enquanto laboratórios desenvolvem e lançam remédios com uma potência à altura do desafio.

No entanto, como explica a primeira reportagem de capa da jornalista Ingrid Luisa em VEJA SAÚDE, ainda precisamos progredir bastante para superar a gordofobia, a obsessão por modismos e padrões ilusórios e a falta de preparo dos profissionais e do sistema de saúde para tratar os milhões de brasileiros com obesidade.

Continua após a publicidade

Essa tem de ser uma evolução urgente.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.