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Por que é importante se vacinar contra o herpes-zóster?

A doença pode deixar sequelas como um desconforto intenso por meses e aumentar o risco de um acidente vascular cerebral (AVC)

Por Chloé Pinheiro, Estúdio coral, Laura Luduvig e Rodrigo Damati (infográfico)
Atualizado em 23 nov 2023, 11h51 - Publicado em 17 nov 2023, 14h01
Vírus do zóster passa anos despercebido para depois voltar a incomodar  (Ilustração: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)
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O herpes-zóster é uma doença que se torna mais frequente após os 50 anos. Além de causar doloridas lesões na pele, seus estragos incluem sequelas pós-infecção e risco aumentado de outros problemas de saúde.

Veja a seguir como ela se manifesta e como se proteger dela:

1) O primeiro contato

Ainda na infância, praticamente todo mundo tem contato com o vírus varicela-zóster, que causa a catapora.

Depois dessa infecção, o patógeno fica escondido nos gânglios dorsais e terminações nervosas. E passa décadas quietinho ali. Quando há uma queda na imunidade, contudo, ele desperta.

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2) A reativação

Com as defesas baixas, o vírus volta a se multiplicar, caminhando pelos nervos até a pele, onde provoca uma inflamação dolorida, com lesões bolhosas em forma de faixa.

A região da coluna tende a ser mais atingida. A dor crônica é a principal sequela do ataque, mas ele pode também elevar o risco de derrames e infartos.

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Clique na imagem para ampliar (Ilustração: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)

3) A imunização

As vacinas dão um empurrão ao sistema imune, que já não se lembra tão bem do velho inimigo.

As versões disponíveis no país contêm o vírus vivo atenuado ou inativado, nesse último caso com uma das proteínas virais isolada, atuando como antígeno — a substância que é identificada pelas defesas do corpo.

+  Leia também: Nova vacina contra herpes-zóster chega ao Brasil; saiba quem pode tomar

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4) O bloqueio

Depois da picada, o sistema imune forma uma resposta de defesa com anticorpos e outras células.

Isso inclui a formação de células de memória, que podem entrar em ação se o vírus real se reativar em algum momento. Os estudos indicam que os imunizantes diminuem não só o risco do zóster, mas de suas complicações.

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(Ilustração: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)

Nova fórmula no pedaço

Neste ano, chegou ao país a Shingrix, vacina feita com o vírus inativado. Em estudos, ela demonstrou ser mais eficaz e oferecer proteção mais duradoura do que a Zostavax (a vacina aplicada até então).

Tanto que já está substituindo o produto mais antigo. Aliás, quem tomou a primeira versão pode tomar a nova. Outra vantagem é que ela pode ser aplicada em indivíduos com disfunções imunológicas sem o risco de causar a doença.

Zóster em alta no pós-pandemia

Um estudo realizado no início de 2023 mostrou que os casos aumentaram 35% no país desde a chegada da Covid-19. Qualquer infecção viral pode elevar o risco do zóster, mas um crescimento tão significativo é considerado atípico.

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O estresse intenso da pandemia ajuda a explicar a alta, mas os piores momentos já passaram e os casos continuam surgindo. Suspeita-se de que o coronavírus possa ter algum gatilho especial.

Tudo sobre as vacinas para o herpes-zóster

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Clique na imagem para ampliar (Editoria de arte VEJA SAÚDE/SAÚDE é Vital)

Fontes: Lorena de Castro Diniz, médica do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai); Maísa Kairalla, médica da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG)

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