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Pompoarismo realmente funciona? Saiba mais sobre a técnica

Embora possa gerar mais prazer na hora do sexo, faltam evidências científicas sobre os benefícios da prática

Por Valentina Bressan
19 ago 2024, 15h30
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  • O pompoarismo se popularizou como uma técnica capaz de aumentar o prazer sexual e a qualidade dos orgasmos de pessoas com vagina. A prática consiste em um treinamento de força para o assoalho pélvico: a ideia é contrair e relaxar os músculos alternadamente para fortalecer o controle da região.

    O assoalho pélvico compreende os ligamentos e músculos que sustentam toda a pelve, incluindo vagina, bexiga, uretra, útero e reto. A região muscular influencia a continência urinária e fecal e também se distende para permitir o parto natural.

    As origens do pompoarismo são atribuídas a países asiáticos, como a Índia, Japão, Tailândia ou China. A prática está ligada ao sexo tântrico.

    +Leia também: Melhorar a saúde passa pelo assoalho pélvico

    Qual a diferença entre pompoarismo e Kegel?

    O ginecologista estadunidense Arnold Kegel estudou o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico como forma de tratar a incontinência urinária no final da década de 1940. Na prática, a base dos exercícios Kegel e do pompoarismo é a mesma: treinar a contração e relaxamento coordenados dos músculos pélvicos.

    A diferença é que Kegel buscou desenvolver uma técnica médica para tratar a disfunção urinária, enquanto o pompoarismo se volta para a intensificação do prazer sexual. De fato, o treinamento do assoalho pélvico pode melhorar a função sexual, mas esse não é o objetivo primário desse tipo de fisioterapia.

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    Hoje, as técnicas de fisioterapia pélvica se apropriam de alguns exercícios desenvolvidos por Kegel, mas o propósito do tratamento é mais amplo e visa oferecer uma alternativa não-medicamentosa para tratar questões como incontinência urinária e treinar a musculatura para o parto, por exemplo. Já o pompoarismo segue mais ligado ao prazer sexual.

    Há benefícios no pompoarismo?

    Alguns estudos demonstraram que o pompoarismo altera a distribuição da pressão vaginal e gera maior capacidade de sustentação da força muscular. Ou seja, a pressão na vagina fica mais simetricamente distribuída com o treinamento e a força dos músculos realmente é fortalecida pela prática.

    Só que esses benefícios ainda são pouco documentados e os resultados não são garantidos pela ciência. A recomendação para quem busca soluções para problemas urinários ou quem quer se preparar para o parto é buscar um fisioterapeuta especializado na pelve.

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    Com a popularização das técnicas de Kegel, estudos demonstraram que o treinamento supervisionado gerava mais benefícios do que a prática realizada de forma autônoma. Pense num treino em academia: é preciso exercitar os músculos corretamente, com intensidade e repetições adequadas para ter o efeito desejado no corpo.

    O mesmo ocorre com o treinamento pélvico: muitas pessoas que praticam exercícios por conta não conseguem ter consciência de quais músculos estão sendo estimulados, e daí a prática não surte efeitos. A recomendação é buscar a fisioterapia pélvica para ter a garantia de um treinamento individualizado e adequado ao seu corpo.

    É importante destacar que o pompoarismo não é indicado para pessoas que sofrem com vaginismo. Como a condição está ligada à dificuldade de relaxar a musculatura vaginal, os exercícios de pompoarismo vão na direção contrária do tratamento inicial recomendado por fisioterapeutas e ginecologistas.

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