Uma revisão da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, confirma o que os médicos notam na prática: quanto maior a exposição à poluição, mais difícil de controlar a dermatite atópica. De origem genética, a doença é marcada por uma alteração na barreira protetora da pele. “Essa estrutura ajuda a manter a hidratação e protege contra possíveis patógenos e fatores irritantes”, resume a dermatologista Paola Pomerantzeff, de São Paulo.
Quando a barreira cutânea sofre prejuízos (como os causados por poluentes), a pele se torna extremamente seca e com tendência a irritação e inflamação. “Isso provoca coceira e desconforto”, nota Paola. Ao permanecer em contato com agressores, caso da sujeira do ar, o quadro se agrava.
O contra-ataque
Como minimizar os danos incitados pela poluição:
Limpe todo dia
“Faça isso com água morna ou fria, durante um banho rápido, preferencialmente com os chamados sabonetes sem sabão”, indica Paola.
Drible os oponentes
Além de tentar reduzir a exposição ao ar poluído, Paola sugere evitar substâncias irritantes, como fragrâncias, álcool, parabenos e alguns conservantes.
Hidrate como nunca
Quanto mais hidratação, melhor — é o contrário do banho quente, cujo excesso resseca a pele. Consulte o dermato para saber qual o hidratante mais adequado.
Use antioxidantes
Vitaminas C e E combatem danos oxidativos. “Mas cremes com vitamina C podem irritar a pele atópica”, alerta Paola. Fale com o médico.