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Pneumonite: o que é e qual a relação com alergias?

Doença inflamatória pulmonar pode ter causas alérgicas, ambientais, medicamentosas ou autoimunes, exigindo diagnóstico e tratamento específicos

Por André Apanavicius, pneumologista*
15 jul 2025, 18h47
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Pneumonite é um tipo de inflamação pulmonar (Altayb/Getty Images)
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O primeiro passo para compreender o que é pneumonite é diferenciá-la da pneumonia.

Embora os dois termos se refiram a uma inflamação no tecido pulmonar, a pneumonia é causada por agentes infecciosos, como bactérias, vírus ou fungos, enquanto a pneumonite costuma ter causas não infecciosas.

A confusão entre os nomes é comum, mas na comunidade médica o vocábulo “pneumonite” é reservado para inflamações pulmonares provocadas por fatores diversos, como produtos químicos, medicamentos, radiação ou reações alérgicas.

+ Leia também: Câncer de pulmão: a metamorfose de uma doença

Existe pneumonite alérgica?

A resposta é sim — e ela é mais comum do que se imagina.

Entre os vários tipos da condição, está a pneumonite por hipersensibilidade, também chamada de alveolite alérgica extrínseca, uma resposta inflamatória dos pulmões provocada pela inalação contínua de partículas orgânicas presentes no ambiente.

Essa exposição pode ocorrer no dia a dia, em casa ou no trabalho, e desencadear reações alérgicas pulmonares importantes. Dentre os agentes mais comuns estão:

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• Proteínas de aves (presentes em penas e fezes de pássaros domésticos ou em travesseiros com penas);
• Ambientes com mofo ou umidade excessiva;
• Água contaminada em saunas, hidromassagens, piscinas e aparelhos de ar-condicionado;
• Atividades ocupacionais como cultivo de cogumelos, produção de vinhos e cervejas, pintura com spray, entre outras.

Sintomas e riscos da pneumonite alérgica

A apresentação clínica da doença pode variar. A forma aguda apresenta sintomas como tosse, febre e falta de ar, semelhantes a um quadro gripal. Já a versão subaguda ou crônica manifesta tosse seca persistente, falta de ar progressiva e queda no desempenho físico.

Na falta de diagnóstico e tratamento adequado, a exposição contínua ao agente causador pode levar a complicações graves, como insuficiência respiratória aguda ou desenvolvimento de fibrose pulmonar — um processo de cicatrização que compromete permanentemente a função respiratória.

Tratamento e prevenção: agir cedo é essencial

O primeiro passo no tratamento é afastar o paciente do agente causador da inflamação. O uso de medicamentos anti-inflamatórios pulmonares, como os corticoides, pode ser necessário, assim como, em casos mais graves, fármacos para conter a progressão da fibrose.

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A prevenção inclui:

• Manutenção e higienização adequada de sistemas de ventilação e climatização;
• Evitar carpetes em ambientes úmidos;
• Controle da umidade abaixo de 60%;
• Limpeza frequente de umidificadores e vaporizadores com cloro;
• Identificação e controle dos agentes de risco no ambiente doméstico e profissional.

O diagnóstico precoce e o controle da exposição são fundamentais para garantir uma boa qualidade de vida e evitar sequelas pulmonares duradouras.

*André Apanavicius é médico pneumologista do Núcleo de Doenças Pulmonares e Torácicas do Hospital Sírio-Libanês.

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(Texto produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

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