Dia das Mães: Assine por apenas 5,99/mês

Pedras nos rins: causas, sintomas e tratamentos

O cálculo renal pode provocar fortes dores e geralmente exige atenção rápida dos médicos. Saiba como evitar ou remediar essa encrenca

Por Chloé Pinheiro e Goretti Tenorio
Atualizado em 17 nov 2023, 16h23 - Publicado em 8 mar 2017, 14h16
pedra-no-rim
O cálculo renal é uma das piores dores que alguém pode sentir (Ilustração: Erika Onodera/)
Continua após publicidade

Estamos falando de uma condição dolorosa marcada pela formação de pedrinhas que obstruem o sistema urinário.

Popularmente conhecida como pedra nos rins, essa formação endurecida pode surgir nos rins e atravancar outro ponto do canal urinário. Como o ureter, canal que transporta a urina até a bexiga, é muito estreito, a partícula acaba emperrada. Em decorrência da tentativa de expulsão, surge a dor intensa.

Os rins funcionam como dois grandes filtros do sangue. Além de água para formar a urina, eles retêm diversos elementos, como cálcio, ácido úrico e oxalato.

Quando essas moléculas aparecem em grande quantidade e há pouco líquido para dissolvê-las, surgem cristais ou agregados que se avolumam e viram os cálculos. O tamanho deles varia bastante.

+ Leia também: Precisamos falar sobre saúde dos rins

Existe ainda um quarto tipo de pedra, mais raro, a estruvita. Diferentemente das outras, essa acomete principalmente mulheres.

Sua origem está associada a uma infecção causada pela bactéria Proteus mirabillis, que altera o pH da urina, facilitando a agregação de partículas de magnésio, fosfato e amônia.

A formação pode chegar a 11 centímetros, ocupando todo o espaço do rim. Como é mais mole, o xixi consegue passar por ela e assim não há dor. Um perigo, porque o problema não é notado e se prolonga — e o rim pode acabar seriamente afetado.

Continua após a publicidade

+ Leia também: É verdade que homens têm mais pedra no rim?

saude-alimentacao-hidratacao-agua-calor-verao-pedra-rins
Para evitar a cristalização dos sais, o organismo precisa de água (Foto: Andrew Ren/Unsplash/Divulgação)

Sinais e sintomas

  • Cólica que começa na região lombar e migra para outras áreas
  • Dor no baixo ventre
  • Sangue na urina
  • Náuseas e vômito
  • Vontade e fazer xixi a toda hora

Fatores de risco

  • Abuso de sal na alimentação
  • Ingestão em excesso de alimentos ricos em cálcio e proteínas
  • Pouco líquido na dieta
  • Altas temperaturas (muita transpiração e falta de hidratação adequada deixam a urina mais concentrada, aumentando a aglomeração das partículas)
  • Obesidade
  • Hipertensão
  • Predisposição genética

A prevenção

A dieta é um fator preponderante no controle do problema. Para evitar a cristalização dos sais, o organismo precisa de água, portanto uma das primeiras regras é tomar bastante líquido.

Uma maneira de checar se a quantidade é suficiente é atentar para a cor do xixi, que deve ser clarinho – se estiver amarelado, significa que está muito concentrado e pode propiciar a formação das pedras.

Continua após a publicidade

Maneirar no sal, nos embutidos (como linguiça, salsicha e salame), enlatados e macarrões instantâneos é outra medida aconselhada. Alimentos com alto teor de oxalato (espinafre, nozes, pimenta e chá preto, por exemplo) também exigem moderação, quando já existe propensão a pedras desse tipo.

Pessoas com alta concentração de ácido úrico no sangue devem ainda reduzir a ingestão de cerveja, carne vermelha e frutos do mar, uma vez que eles elevam ainda mais as taxas.

Alguns especialistas recomendam ainda cuidado com os suplementos de cálcio. O mineral é importante para o organismo, mas a suplementação só pode ser feita com recomendação médica. Do contrário, a sobrecarga pode resultar no problema renal.

+ Leia também: Diálise peritoneal em crianças: do cuidado em casa ao transplante renal

saude-diagnostico-doencas-renais-exame-urina-pedra-rins-calculo
Exames laboratoriais do xixi analisam a acidez e a presença de cristais (Foto: Freepik/Divulgação)

O diagnóstico

As intensas dores provocadas pelos cálculos em geral são o ponto de partida para a detecção do problema. Urina muito densa e escura ou com pontos de sangue é outro sinal de alerta. Exames laboratoriais do xixi analisam a acidez e a presença de cristais ou infecção.

Continua após a publicidade

Para investigar o tipo de cálculo e o local em que está estacionado, o médico solicita um exame de tomografia. Raio x e ultrassom são outras opções.

Por serem transparentes, as pedras formadas por ácido úrico não aparecem nesses exames. A tomografia helicoidal é um recurso para flagrar esse tipo de massa.

Procedimentos mais invasivos, a urografia excretora e a intravenosa são feitos com injeção de corante para mapear a área e detectar pedras menores e outras alterações importantes do trato urinário.

O tratamento

Quando é pequena, a pedra costuma ser expelida naturalmente. Basta aumentar a quantidade de líquido ingerido ou, caso o médico ache necessário, injetado na veia.

Dependendo do tamanho, procedimentos entram em ação para fragmentar o cálculo e viabilizar sua eliminação. Uma das opções é a litotripsia extracorpórea, a menos agressiva para o organismo. Nela, ondas eletromagnéticas destroem o material sólido.

Continua após a publicidade

Na tradicional técnica percutânea, é feita uma incisão nas costas do paciente e um aparelho penetra na pele até atingir o rim para retirar o cálculo. O procedimento exige internação de até cinco dias para recuperação.

Hoje uma técnica mais simples, batizada de uretero-nefrolitotripsia flexível, detona as formações duras com o laser de um aparelho introduzido pela uretra.

Nesse método, porém, às vezes uma tentativa é insuficiente. Então, é preciso repetir a cada duas semanas, por até quatro sessões, sempre com anestesia geral. O pós-operatório compensa, porque a pessoa recebe alta no mesmo dia.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.