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O que é a doença arterial periférica: sintomas, prevenção e tratamento

Saiba como tratar ou evitar a doença arterial periférica. Ela está por trás de sintomas como cansaço e dores nas pernas - e pode sinalizar infarto e AVC

Por Goretti Tenorio e Chloé Pinheiro
9 jan 2019, 11h47
o que é doença arterial obstrutiva periférica
Se as pernas doem quando você caminha, mesmo que pouco, tome cuidado: pode ser a doença arterial periférica. (Foto: Luiz Lhacer/SAÚDE é Vital)
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A doença arterial periférica (DAP) prejudica a circulação do sangue nas pernas e provoca, entre outras coisas, dor na hora de caminhar. Na maioria das vezes, a obstrução ocorre quando há acúmulo de placas de gordura e perda de flexibilidade nas paredes dos vasos sanguíneos, além de excesso de inflamação no local.

Com isso, a passagem do líquido vermelho se estreita até que fecha de vez. Em última instância, o bloqueio leva até a amputações.

Esse quadro também é um sinal de que há algo errado em outros vasos do corpo. Tanto é que indivíduos com a doença arterial periférica (DAP) correm um risco 60% maior de ter entupimentos nas artérias que irrigam o coração e o cérebro. Daí, o perigo de infarto e AVC dispara.

Sinais e sintomas da doença arterial periférica

  • Fisgadas na perna, especialmente na panturrilha
  • Sensação de fadiga nas pernas
  • Claudicação intermitente (sensação de cãibra ao caminhar ou se exercitar), com melhora ao parar de mexer as pernas
  • Perda de pelos nas pernas e unhas dos pés enfraquecidas
  • Coloração mais esbranquiçada dos membros inferiores
  • Infecções constantes nos pés

Causas e fatores de risco

  • Tabagismo
  • Idade acima de 50 anos
  • Excesso de peso
  • Diabetes
  • Hipertensão
  • Colesterol alto
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A prevenção

Ajustes no estilo de vida mantêm os vasos sanguíneos saudáveis por mais tempo: vale parar de fumar, perder peso e controlar a pressão arterial e a glicemia. Exercícios físicos, além de melhorar a circulação, combatem a maioria dos processos que levam à DAP, como obesidade e hipertensão.

A dieta equilibrada também faz diferença. Frutas, legumes e verduras oferecem substâncias com ação antioxidante e anti-inflamatória, que fazem bem para as artérias. Já gorduras saturadas, sal e açúcar devem ser consumidos com moderação.

O diagnóstico

O índice tornozelo-braquial, exame clínico que compara a pressão arterial nos braços e nas pernas, é o principal exame para diagnosticar a doença arterial periférica. Se a pressão for menor nos membros inferiores — com uma diferença igual ou maior do que 0,9 — é provável que a DAP esteja instalada.

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O diagnóstico precoce, cabe ressaltar, ajuda a evitar as consequências desse problema. Fique de olho nos sintomas e, acima de tudo, converse com um médico.

O tratamento

O primeiro passo é eliminar ou reduzir ao máximo os agentes que causam a obstrução. Não há medicamentos específicos, mas o médico pode prescrever anticoagulantes de última geração para tentar evitar entupimentos.

O exercício também faz parte do tratamento, porque estimula a circulação colateral – ou seja, a formação de pequenos vasos vizinhos das artérias que dão uma força para o fluxo sanguíneo na região.

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Caminhadas diárias já ajudam, mas o ideal é contar com orientação especializada de um profissional de educação física. Até porque às vezes a atividade física pode provocar dores nas pernas – e o ajuste fino para minimizá-las necessita da visão de um expert.

Em quadros mais severos, uma cirurgia minimamente invasiva coloca um stent na artéria com problemas. A rede metálica abre o caminho e facilita a passagem de sangue pelo local.

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