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O que acontece quando médicos se encontram no metaverso?

A combinação de tecnologias associadas à inteligência e à realidade virtual gera mais agilidade, assertividade e acesso aos pacientes da Dasa

Por Abril Branded Content
Atualizado em 27 set 2022, 13h30 - Publicado em 1 set 2022, 12h07
Dasa
 (Dasa/Divulgação)
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Equipes localizadas em diferentes países reunidas em uma mesma sala virtual, participando de simulações e manipulando imagens em 3D para decidir a melhor abordagem para uma cirurgia. Elas interagem por meio de seus avatares, ou seja, suas versões virtuais. Se necessário, têm a possibilidade de fazer o mesmo encontro virtual em um cenário 3D de uma tuba uterina, para facilitar o entendimento anatômico da estrutura dessa parte do órgão reprodutor feminino. 

Embora ainda sejam desconhecidos os limites das aplicações do metaverso na saúde, na Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, os resultados dessa realidade virtual imersiva já indicam conquistas significativas em diagnóstico, tratamento, planejamento, desfecho clínico e execução de cirurgias, além de educação médica. “A Dasa está fortalecendo cada vez mais a tríade ensino, pesquisa e inovação, com foco em melhorar a qualidade de vida das pessoas, sejam profissionais de saúde ou pacientes”, diz a dra. Flávia Paiva Lopes, gerente executiva do Instituto de Ensino e Pesquisa Dasa (IEPD) e gerente médica de pesquisa científica na Dasa.

lávia Paiva Lopes, gerente executiva do Instituto de Ensino e Pesquisa Dasa (IEPD) e gerente médica de pesquisa científica na Dasa -
lávia Paiva Lopes, gerente executiva do Instituto de Ensino e Pesquisa Dasa (IEPD) e gerente médica de pesquisa científica na Dasa – (Dasa/Divulgação)

“A inteligência artificial está por trás de todo o desenvolvimento que envolve essas novas tecnologias”, diz o dr. Heron Werner, especialista em medicina fetal, obstetrícia e ginecologia do Alta Diagnósticos e do CDPI, marcas de medicina diagnóstica pertencentes à Dasa, e coordenador do Biodesign Lab, laboratório mantido por meio de parceria entre a Dasa e a PUC-Rio.

Heron Werner, especialista em medicina fetal, obstetrícia e ginecologia do Alta Diagnósticos e do CDPI -
Heron Werner, especialista em medicina fetal, obstetrícia e ginecologia do Alta Diagnósticos e do CDPI – (Dasa/Divulgação)

Referência no desenvolvimento de tecnologias de realidade virtual e impressão 3D para diversas áreas da medicina, o Biodesign Lab foi concebido para trabalhar de maneira inovadora imagens de ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética, que são processadas com o propósito de ajudar em diagnósticos e planos terapêuticos. “Sem contar o fato de se transformarem em ferramenta de estudo em faculdades de medicina e facilitarem a interação médico-paciente”, observa o dr. Heron Werner. “A pessoa ganha empoderamento ao entender o que está acontecendo e como serão as etapas de uma cirurgia proposta, por exemplo. Isso dá segurança”, pondera a dra. Flávia Paiva Lopes.

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Modelos ao alcance das mãos: diagnósticos mais precisos

“Toda imagem feita em algum aparelho, seja de ultrassom, tomografia ou ressonância, é segmentada, ou seja, preparadas plano a plano para gerar um modelo virtual em 3D”, descreve o dr. Heron Werner. “A tridimensionalidade melhora a visualização. Na minha área de atuação, ginecologia e obstetrícia, esses recursos facilitam o entendimento de algum tipo de malformação em patologias complexas”, exemplifica. Da mesma forma, auxilia no diálogo com outras especialidades médicas. “Se suspeito da existência de alguma anomalia genética em um feto, uma reconstrução 3D é usada em discussão com um geneticista para fechar o diagnóstico”, completa. 

As imagens tridimensionais dos exames, analisadas em todos os seus pormenores, podem ser geradas em impressoras 3D para a construção de modelos palpáveis ou ser direcionadas para dispositivos de visualização de realidade virtual, em que são observadas com o uso de óculos especiais.1 “É possível também que integrem um ambiente de realidade aumentada ou mista, em forma de holografia. Ou, ainda, encaminhadas para uma imersão complexa no metaverso, onde os especialistas podem se reunir e visualizar o exame ao mesmo tempo para discutirem estratégias cirúrgicas ou de tratamento”,1 diz o dr. Heron Werner.

Para a dra. Flávia Paiva Lopes, ao permitirem simulações, as aplicabilidades do metaverso e tecnologias associadas na medicina são incontáveis. Garantem, por exemplo, mais precisão e reduzem o risco de complicações nas cirurgias. “Os médicos podem discutir cada etapa. Com isso, a equipe fica mais bem preparada para eventualidades, ganha tempo e trabalha com muito mais segurança”, observa.

Foi o que aconteceu, lembra a médica, em recente caso de bastante repercussão, o dos bebês craniópagos, unidos anatomicamente pelas cabeças, separados em uma cirurgia que demandou várias etapas até a conclusão. “Todo o planejamento foi feito a partir dessas novas tecnologias. A equipe inteira, multidisciplinar, conseguia entender o que estava acontecendo. Chamou atenção o relato do neurocirurgião responsável contando que, em determinados momentos, ele recorria aos modelos cerebrais em 3D para entender melhor o que precisava ser feito”, ressalta a dra. Flávia Paiva Lopes. 

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O dr. Heron Werner acompanhou o caso dos gêmeos desde que estavam no útero. “As informações foram sendo geradas e somadas durante a gestação. Como era uma situação muito complexa, oferecemos para a equipe que estava acompanhando o caso tanto as imagens impressas em 3D quanto as de realidade virtual”, conta. “Outra possibilidade em circunstâncias assim é lançar mão da realidade mista, possível com o uso de óculos que permitem a observação das imagens 3D ao mesmo tempo que se enxerga o campo cirúrgico. Outra opção é fazer a fusão da imagem virtual com a imagem física do próprio paciente. Tudo contribui para aumentar a precisão dos movimentos cirúrgicos”, acrescenta o especialista em medicina fetal. 

Discussões multidisciplinares e formação médica

As reuniões remotas com especialistas em ambiente virtual já são uma realidade na medicina e devem ser um recurso cada vez mais utilizado. “No caso dos gêmeos craniópagos, um médico inglês participou da última das nove cirurgias realizadas para concluir a separação. O planejamento para isso foi feito no laboratório, via metaverso, com a equipe toda em uma sala virtual manipulando as imagens. Depois, o cirurgião inglês veio ao Brasil para o procedimento final, mas em breve nem isso vai ser necessário. Já temos tecnologia que permitirá a colaboração à distância em cirurgias. A chegada da conexão 5G, mais rápida, acelerará esse cenário”, antevê o dr. Heron Werner. 

Também no campo da educação médica, a dra. Flávia Paiva Lopes enxerga um caminho repleto de possibilidades, com o treinamento imersivo dos estudantes. “O uso dessas tecnologias amplifica a capilaridade do conhecimento, com profissionais de diferentes áreas atuando em um mesmo projeto de pesquisa, do designer aos pesquisadores e médicos”, diz.

Bioimpressão: a customização dos tratamentos

A transformação de modelos digitais em peças físicas por meio de impressão 3D começa a gerar soluções para a regeneração de tecidos em casos de lesões graves. O procedimento inovador foi apresentado no Hospital Nove de Julho, em São Paulo, que faz parte da Dasa, no mês de julho. Foram realizados dois procedimentos cirúrgicos inovadores no país para regeneração de tecidos em pacientes com lesões graves. A técnica faz uso de uma bioimpressora 3D que, em 30 minutos, sintetiza o tecido usado para recompor a região lesionada a partir das células-tronco do próprio paciente. O potencial dessa inovação é enorme. A reabilitação e a qualidade da regeneração são muito vantajosas para os pacientes, que recuperam a qualidade de vida. Além disso, a técnica é mais uma solução que os médicos ganham para alcançar um melhor desfecho clínico”, afirma o dr. Bruno Pinto, diretor-geral do Hospital Nove de Julho.

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Bruno Pinto, diretor-geral do Hospital Nove de Julho -
Bruno Pinto, diretor-geral do Hospital Nove de Julho – (Dasa/Divulgação)

“A lesão foi escaneada e as imagens, levadas para um software que dá a visão volumétrica do problema. Essa imagem final foi encaminhada para a bioimpressora”, explica o dr. Heron Werner. Foram colhidas células-tronco do tecido adiposo do abdômen do paciente, depois misturadas a um composto biológico para dar origem à impressão do novo tecido – que cobre toda a lesão, inclusive na sua profundidade, favorecendo a cicatrização de forma mais rápida do que na terapia convencional. “Como se usam células-tronco do próprio paciente, minimiza-se o risco de rejeição. A bioimpressão abre uma frente importante na medicina regenerativa”, complementa o médico. 

Nesse contexto, a dra. Flávia Paiva Lopes vislumbra a possibilidade, ainda, de uso da bioimpressão em pesquisas de desenvolvimento de produtos dermatológicos, por exemplo, usando tecidos humanos e, portanto, sem fazer teste com animais. “São inúmeras as possibilidades. No futuro, acreditamos que será possível o desenvolvimento de modelos para construção de órgãos”, conclui. 

Saiba mais: https://spatial.io/s/Biodesign-Fetal-628d522a593f95000175185c?share=2981096703873694422

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Referência:

  1. https://nav-conteudo.dasa.com.br/trend/experiencia-do-consumidor/metaverso-como-essa-plataforma-pode-revolucionar-a-medicina/
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