A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a comercialização de um genérico com nome complicado para o tratamento da pressão alta. Trata-se do perindopril erbumina combinado com indapamida, da farmacêutica EMS.
O acesso a mais uma droga contra a hipertensão promete ajudar os pacientes, principalmente considerando os custos. “Com qualidade, eficácia e segurança comprovadas e preços no mínimo 35% menores do que os dos medicamentos de referência, os genéricos se converteram num poderoso instrumento de ampliação do acesso a medicamentos no Brasil, permitindo que os consumidores consigam dar continuidade a seus tratamentos”, defende a EMS, em nota à SAÚDE.
A medicação na verdade conta com dois princípios ativos. O primeiro é o tal perindopril erbumina, uma substância que dilata os vasos – e, assim, facilita a passagem de sangue.
O segundo, batizado de indapamida, é um diurético. Ele expulsa do organismo o excesso de sódio, um financiador da hipertensão, ao mesmo tempo que escoa líquidos que poderiam comprimir os vasos sanguíneos.
A droga de referência para esse genérico é produzida pela Servier. Agora, antes de fazer qualquer troca – nem que seja de um remédio de referência para um genérico –, é importante conversar com seu médico.
Novidades para rinite, aids e hipogonadismo
No mesmo informe, a Anvisa avisou que liberou a venda do entricitabina combinado com fumarato de tenofovir, para o tratamento de pessoas com HIV. Segundo a Blanver, farmacêutica responsável por esse genérico, é possível que ele entre no segundo semestre na rede pública. O medicamento de referência é o famoso Truvada, da Gilead.
A EMS ainda ganhou a aprovação do genérico bilastina. Trata-se de um fármaco para aliviar os sintomas da rinoconjuntivite alérgica e da urticária.
Finalmente, o laboratório Eurofarma recebeu o aval para distribuir o undecilato de testosterona, voltado a homens com hipogonadismo.
Intertítulo: Os genéricos
“A incorporação de novos genéricos é importante porque amplia o acesso dos pacientes a medicamentos com um custo mais acessível. Pela legislação brasileira, esse tipo de produto deve ser disponibilizado no mercado com um desconto de, pelo menos, 35% em relação ao preço máximo da tabela”, diz a Anvisa, em nota.
De acordo com ela, somente em 2016 foram vendidas 1,46 bilhão de embalagens de genéricos no Brasil. A quantidade representa 32% de todas as vendas do ano.